A baixa participação das mulheres na política é um problema para os partidos e coligações para as eleições nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e Câmara Federal. Isto porque a lei (Art 10 da Lei Federal 9.504/97) obriga que cada partido ou coligação deva ter o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo.
A situação poderia ter ficado mais complicada caso fosse aprovada a lei da reserva de cotas nas vagas do legislativo. O fato é que ainda há muita resistência feminina para ocupação de cargos eletivos.
“É uma vida muito mais difícil, existe dificuldades para a aceitação das famílias, além da questão financeira, uma vez que os partidos preferem investir nos candidatos homens”, disse a vice-prefeita da Serra, Lourência Riani (PT), vereadora do município por dois mandatos.
A deputada estadual Luzia Toledo cumpre seu oitavo mandato, sendo o quarto como deputada. “Não sou produto de cotas, mas acho que o sistema em qualquer circunstância é muito importante, como medida para buscar mulheres”, avalia.
Para fechar chapas proporcionais, os partidos muitas vezes enfrentam dificuldades para convencer as mulheres a preencher parte das vagas. Presidente da Câmara da Serra, a vereadora Neidia Maura também preside o seu partido, o PSD.
“Muitas se amedrontam diante do desafio de disputar o cargo de vereadora. Segui o meu sonho e hoje sou a primeira mulher presidente da Câmara da Serra. Ainda sofremos preconceito na política e estamos quebrando esses paradigmas com nosso trabalho”, conta.