Pacientes que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) na Serra estão denunciando a falta de testes para coronavírus nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). De acordo com eles, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), que atualmente é comandada pelo secretário Alexandre Viana, não tem fornecido a testagem para moradores que chegam nesses locais com sintomas da Covid-19. Entretanto, a Prefeitura da Serra se defende das acusações e nega o ocorrido.
É importante destacar que a situação ocorre em meio a um agravamento da pandemia em terras capixabas. Os pacientes procuraram a reportagem para denunciar a situação, mas alguns pediram para não ser identificados. De acordo com uma moradora de Jacaraípe, ela apresentou todos os principais sintomas mais leves do coronavírus e mesmo assim foi apenas receitada com medicamentos e não recebeu o direito de realizar o teste para detectar se realmente estava com a doença.
A paciente precisou ficar 14 dias em isolamento, mas até hoje sequer sabe se estava doente ou não pela Covid-19. Ela pediu para não ser identificada, pois possui familiar que trabalha na administração municipal e teme retaliações. “Não fizeram o teste, passaram as medicações e me mandaram ir para casa. Nem me pediram para ficar isolada, fiz o isolamento por minha conta, pois minha mãe possui comorbidades”, reclamou a moradora, que sentiu dor no corpo, cansaço, teve diarreia e alguns outros sintomas.
Já Andréia Daniela, moradora de Novo Horizonte, passou muito mal no dia 15 de novembro e fui até a Upa de Carapina, mas não conseguiu atendimento devido à demora na espera. Alguns dias depois foi até a Unidade Básica de Saúde de Novo Horizonte, mas não conseguiu ser testada e precisou fazer no particular. O teste deu negativo, mas pouco depois, ela voltou à unidade e recebeu atestado médico para isolamento.
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Ela reclama da falta de disponibilidade dos testes. “Não fizeram teste em mim e precisei gastar dinheiro no particular. Agora estou ótima, mas foi uma via-crúcis daquelas. Exame para coronavírus público eu não consegui. Ou eu pagava ou teria que ficar sem trabalhar, sendo que sou diarista e a maioria dos meus clientes são do grupo de risco. É um absurdo isso”, disse a popular.
Outra moradora também reclama. Segundo ela, em meses anteriores, as unidades básicas tinham testes rápidos, mas agora a situação é outra. “Muito triste as pessoas terem que pagar para se testarem. E quem não tem dinheiro? Antes nos postos de saúde até tinha testes, mas parece que acabaram e a prefeitura não disponibilizou mais. As pessoas precisam saber se realmente estão ou não infectadas”, reclama a residente de Cantinho do Céu.
Até o momento, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, a Serra registrou 24.424 casos confirmados, 591 mortes e 23.523 pacientes já considerados curados da doença. A cidade é a segunda com mais mortes e contaminados pela Covid-19.
O TEMPO NOVO entrou em contato coma Secretaria de Saúde da Serra. Por meio de nota, a pasta disse que a informação não procede. Entretanto, não quis responder se há testes rápidos nas unidades de saúde.
De acordo com a prefeitura, após consulta médica e seguindo as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, os exames continuam sendo colhidos pela Prefeitura da Serra e são encaminhados ao laboratório do Estado, responsável em analisar a amostra e liberar o resultado.
O texto da nota ainda diz que o município da Serra ampliou o número de servidores para atender a população “e foi a única cidade de todo o Espírito Santo que disponibilizou uma UPA, a de Castelândia, para atender exclusivamente aos pacientes com sintomas do novo coronavírus”.
Vale lembrar que na Grande Vitória, somente a Serra tem UPA. Das três, apenas a de Castelândia é para atendimento exclusivo de coronavírus.
Conforme informado pelo TEMPO NOVO no dia 21 de novembro, em meio à pandemia causada pelo coronavírus, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) admitiu que, na Serra, falta um dos principais medicamentos utilizados pelos médicos no freamento de complicações causadas pela Covid-19 no corpo humano. Trata-se da Azitromicina, um antibiótico com efeito bactericida, que costuma ser receitados para casos suspeitos ou confirmados que não sejam tão graves. A informação foi confirmada pelo Município após a denúncia feita por moradores de que faltavam diversos remédios nas farmácias públicas da cidade.
De acordo com a Secretaria de Saúde, são verídicas as informações de que falta o Azitromicina em postos de saúde da cidade. No entanto, afirma que novos lotes do medicamento já foram comprados mas, devido à grande procura, o fornecedor ainda não teria realizado a entrega programada. Vale destacar que a cidade já possui 20.587 casos confirmados e 572 mortes causadas pela Covid-19.
O desabastecimento na Saúde da Serra ocorre em um momento crítico, onde a pandemia tem demonstrando sinais de fortalecimento. Na prática, vem sendo registrado um aumento nos números diários de casos confirmados e óbitos em todo o Espírito Santo, principalmente nas cidades da Grande Vitória, onde a Serra está inclusa. Além da Azitromicina, segundo moradores, faltam também outros medicamentos básicos, como anticoncepcional e até insulina.
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