No Carnaval, a atriz Ellen Roche foi criticada por estar acima do peso esperado para uma rainha de escola de samba. O tribunal do juri estético da mídia teve a deselegância de fazer tal comentário diante da recente situação da ex-vice miss bumbum, Andressa Urach, que quase perdeu a vida por fazer uma aplicação de hidrogel nas pernas que causou uma infecção em todo o seu corpo.
Tudo isto nos leva a refletir sobre a loucura coletiva em que estamos vivendo. Almejamos uma perfeição constante que só é possível através de alguns retoques no computador, pois em alguns dias, por mais maravilhosa que a pessoa seja, o cabelo não está tão perfeito, ou a pele está um pouco cansada.
As palavras podem machucar, pois nunca sabemos o que o ouvinte está passando, um comentário em uma foto criticando uma pessoa pode resultar no suicídio dela, a cobrança por perfeição pode levar alguém a fazer cirurgias perigosas ou até mesmo querer se transformar em um boneco e abrir mão da aparência humana.
E como parar esta loucura? Primeiro, especialmente nós mulheres, precisamos parar de buscar padrões em fotos alheias, se queremos melhorar nossa saúde e aparência devemos focar no que já temos e nos inspirar em uma mulher que tenha o mesmo biotipo que o nosso.
Na hora de decidir fazer uma cirurgia, peça opinião a vários médicos e também aos familiares, principalmente se não é a primeira cirurgia no mesmo local. Cuidar de si é fundamental, mas a felicidade e a segurança não dependem necessariamente da aparência da pessoa, mas sim em como ela se sente por dentro.
Por isso vemos tantas mulheres fora do padrão fazendo muito sucesso, e nos perguntamos: por quê? Ora, a Ellen Roche respondeu: “Prefiro ser feliz do que magra”. Há característica mais atraente do que a felicidade? Quem não quer ficar perto de uma pessoa alegre? Se no caminho em busca da beleza e da boa forma você já abriu mão da felicidade, pare um pouco e recupere-a antes de seguir em frente, sem ela não vale a pena ir a lugar algum.