As festas de final de ano são bastante simbólicas. Tanto o Natal quanto o Ano Novo possuem uma conotação clara de nascimento.
Para o cristianismo, o 25 de dezembro festeja aquele que nasce para salvar a humanidade. Exatamente uma semana depois – cultuado até mesmo entre os não cristãos – temos os festejos que representam a renovação da esperança em um ciclo anual.
A morte do velho e o nascimento do novo (ano) em termos mundiais, são bastante celebrados em todo o mundo. Somente entre judeus e chineses há uma contagem de calendário diferente. Mesmo assim, dado um conjunto de fatores, aqueles povos também cultuam o 1º de janeiro. Dessa forma, de um modo geral, é como se na fração de segundos que separa as 23:59hs do 31/12 e 0:01 do 01/01 fosse aberta uma janela mágica em todo o planeta – onde o novo surge para suplantar as sequelas do velho em um único rito de passagem.
Entretanto, sabemos que a vida é um processo. A imagem pública de uma pessoa é uma construção social cotidiana. A economia do Brasil, do ES e da Serra não serão retomadas de uma hora para outra, subitamente. E a violência urbana e a corrupção não serão extintas durante a janela mágica aberta no réveillon. Assim, pelo menos no primeiro semestre, ao que tudo indica, não teremos nada de novo em 2016. Não há sinais de que a crise econômica será atenuada e certamente haverá indefinição política, pelo menos até março.
Pensando em termos processuais, se quisermos um ano realmente novo, teremos que enfrentar vários desafios. E esses não serão superados por passe de mágica. Somente com muito trabalho e ultrapassadas as divisões do país teremos a oportunidade de um ano, realmente, novo e melhor.