Clarice Poltronieri
O ano de 2017 foi positivo para as exportações e importações no estado, que teve crescimento maior que a média brasileira. Em comparação ao ano de 2016, as exportações cresceram 23% e as importações de 24%, enquanto a média brasileira teve aumento de 18,5% e 10,5% respectivamente.
O destaque é o setor siderúrgico, pilotado no ES pelas gigantes multinacionais Vale e Arcelor, além de Usiminas e Gerdau (estas instaladas em Minas Gerais) que usam o porto de Praia Mole, perto da divisa entre Vitória e Serra, para exportar aço.
E esse crescimento é positivo para a Serra, cidade mais industrializada do estado, segundo o 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), José Carlos Zanotelli.
“É um indicativo de recuperação da economia tanto do estado, quanto do município. Com relação à exportação, esses números mostram que a produtividade aumentou, e a Serra ganha com isso, pois é a cidade mais industrializada do estado e emprega hoje 40 mil postos de trabalho no setor, o que dá 8% de sua população. O ES é proporcionalmente o estado mais industrializado do país, com 40% de seu PIB vindo do setor; e a Serra, além de ter força na indústria, produz 11% do PIB estadual”, explica.
Ele aponta que, além do incremento na exportação e importação, a indústria capixaba cresceu 4,5% em 2017. Sobre as importações, a cidade também se beneficia, segundo Zanotelli. “O principal produto de importação é o carvão mineral, que fomenta as indústrias locais. Isso mostra que a produção local aumentou, pois a demanda pela matéria-prima cresceu”, finaliza.
De acordo com o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex) em 2017 foram exportados US$8,04 bilhões contra US$6,53 bi em 2016. O minério de ferro impulsionou as exportações com US$ 2,1 bilhões e crescimento de 44%; e produtos de ferro e aço, com US$ 1,9 bilhão, alta de 37%.
Os produtos considerados básicos, como minério, petróleo e café, correspondem hoje a 44% da pauta exportadora capixaba, seguidos por semimanufaturados (aço e celulose) com 29%; e manufaturados (placas de rochas ornamentais e laminados planos) com 25%.
Nas importações,o estado registrou US$ 4,61 bi em negócios em 2017 contra US$ 3,7 bi em 2016. O carvão mineral foi o produto com maior aumento – 116%.