Por Ayanne Karoline
Melodia sofisticada e ritmo envolvente. As noites dos dias 4 e 5 de abril serão inesquecíveis para o balneário de Manguinhos, que abrigará a 4ª edição consecutiva do Festival de Jazz e Blues. São esperadas mais de 25 mil pessoas, público que deve fomentar a economia local. O movimento em restaurantes, bares e setor de hotelaria triplica e até ultrapassa, em alguns os casos, o do carnaval.
A informação é da idealizadora do evento, Júlia Sodré, que é turismóloga. Segundo ela, os turistas vêm de várias partes do país e formam um público mais sofisticado.
Na Pousada Pomar de Manguinhos não há mais vagas. Segundo a proprietária Marisa Campos de Freitas, em dezembro a procura é intensificada. “Na maioria os turistas são de fora do Estado, principalmente de Minas, Rio, São Paulo e Brasília. A busca por vagas é maior do que o Carnaval”, conta Marisa, que já cedeu até a suíte em que mora para locação.
Segundo o Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), um casal gasta com uma refeição completa, harmonizada com vinho, em média, entre R$ 150 e R$ 200 na região.
Sócio do Bar e Restaurante Enseada, Geraldinho diz que o movimento triplica durante o festival e que o lucro se iguala e até ultrapassa o do Carnaval. O estabelecimento fica em frente ao palanque de shows. “Percebemos um público diferenciado, mais exigente”, revela.
O movimento do transporte também aumenta, principalmente de táxis, já que muitos ingerem bebidas alcoólicas. Segundo o presidente do Sindicato Profissional dos Motoristas de Táxi do Espírito Santo, João Vailati, durante o festival rodam na região cerca de 200 táxis. “O balanço é positivo”, comemora.
Diferente dos outros anos, o público terá menos tempo para curtir os bares. Isso porque este ano começou a vigorar uma Lei que impede que quem trabalhe com bebida alcoólica fique aberto após 1h da madrugada. Os shows começam às 18h30 e vão até 24h.