Os debates em torno das eleições sucessórias do próximo ano, aparentemente, estão em bastante mornas. Mas não se iluda, é apenas aparência…
De um modo geral, dado o volume de denúncias e julgamentos de figuras políticas relevantes no cenário nacional, é justificável que grande parte dos meios de comunicação do estado deixem as articulações locais em segundo plano. Não é o caso do jornal Tempo Novo, que nas últimas semanas, antecipou o que poderia ser mais um round da disputa política entre Audifax e Vidigal – agora testando seus respectivos capitais políticos na disputa do governo do estado.
Há a possibilidade de ambos serem candidatos ao Palácio Anchieta no próximo ano. A viabilidade desses projetos, contudo, depende de uma série de variáveis que estão em construção, como os possíveis aliados e composições para chapas proporcionais da Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Senado. Nos bastidores, tanto Audifax quanto Vidigal têm trabalhado nas articulações para reforçar seus respectivos projetos políticos. Por isso é importante lembrar que no início de outubro se encerrará o prazo para filiação partidária daqueles desejosos em disputar uma vaga no próximo pleito.
Assim, do lado de Audifax, foi noticiado que algumas de suas principais fichas foram apostadas nas várias incompatibilidades ideológicas entre o deputado estadual Sérgio Majeski e a postura de seu partido (PSDB). O convite seria para a filiação do mesmo junto ao Rede Sustentabilidade para a disputa ao Senado. Somado a isso, o alinhamento com o PSB seria mais um sinal de que estaria na oposição ao atual governador Paulo Hartung.
Do lado de Vidigal, as negociações para filiar no PDT o atual secretário de agricultura, Octaciano Neto (que já manifestou claramente seu desejo de disputar a próxima eleição), bem como a ocupação de espaços na atual administração estadual por pessoas próximas, o aproximaria do atual governo.
Muitas negociações e articulações ainda estão por vir, mas o mercado político capixaba dá sinais claros de reaquecimento.