Está dada a largada para a 23ª edição do Festival de Cinema de Vitória. De hoje (14) até o próximo sábado (19) acontece na capital do Espírito Santo uma maratona cinematográfica com 12 mostras competitivas e não competitivas que totalizam em torno de 47 horas de exibição. Ao longo dos seis dias, acontecerão sessões no Teatro Carlos Gomes e no Cineclube Metrópolis, além de oficinas, debates, lançamentos e homenagens, transformando Vitória na capital nacional do cinema. Toda a programação do Festival tem entrada gratuita.
A programação de exibições desta segunda-feira (14/11) tem início às 15h, com a 3ª Mostra de Animação, com uma seleção da recente produção brasileira de filmes de animação.
A Cerimônia de Abertura acontece mais tarde, às 19h, com a exibição do curta capixaba “Eclipse Solar”, do diretor Rodrigo de Oliveira. A ficção é uma co-produção da Galpão Produções, que acompanha o reencontro de mãe e filho, numa circunstância atípica, em que ela recobrou a guarda de seu filho. Exibido pela primeira vez no início deste ano na 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes, esse filme foi contemplado com Prêmio Aquisição do Canal Brasil. Esse curta também fez parte da 11ª Mostra Produção Independente da ABD Capixaba, onde foi premiado como Melhor Filme de Ficção, e foi destaque no Festival Internacional de Cinema Independente, o Festicini, quando a atriz Rejane Arruda, que interpreta a personagem da mãe, chegou a ser indicada ao Prêmio de Melhor Atriz.
Ainda na noite de estreia, às 20h, acontece a 5ª Mostra Foco Capixaba, com o melhor do cinema regional, além da primeira exibição da 6ª Mostra Competitiva de Longas Metragens. As sessões acontecem no Teatro Carlos Gomes, Centro de Vitória.
Um palco para o cinema local Valorizando o cinema feito no Espírito Santo, o 23º Festival de Cinema de Vitória apresenta em sua noite de abertura a 5ª Mostra Foco Capixaba – competitiva que busca traçar um panorama da produção de curtas-metragens realizados no Espírito Santo, refletindo as estéticas e os modos de produção do cinema contemporâneo capixaba. Serão exibidos cinco produções que concorrem ao Troféu Vitória de melhor filme. A sessão acontece no Teatro Carlos Gomes, às 20h.
Este ano quatro produções de gênero documental compõem a lista de exibição. Um dos documentários é o “Mitã Odjau Ramo – Quando a criança nasce”, do veterano Ricardo Sá. No documentário “A Febre”, o diretor João Oliveira faz uso de entrevistas com seus personagens para discutir a prática do grafite na Grande Vitória. Já “Montação”, de Wanderson Viana, aposta nos depoimentos sobre o “montar-se” drag para construir suas imagens remetendo-as sempre ao processo da construção do corpo e da identidade, colocando em pauta as dificuldades e prazeres de ocupar um lugar desviante em uma sociedade normativa. Completam a 5ª Mostra Foco Capixaba o documentário “Como Areia do Mar”, do diretor estreante Raphael Sampaio, e “O Projeto do Meu Pai”, de Rosária, animação que lança um olhar inventivo, lúdico e realista sobre as lembranças infantis e que foi premiada no Anima Mundi deste ano.
Documentário amazonense abre Mostra competitiva de longas Prosseguindo com a programação, às 21h30 tem início a 6ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Metragens. O primeiro filme exibido na competitiva será a ficção Antes o Tempo Não Acabava, de Sergio Andrade e Fábio Baldo. No filme o personagem central é um jovem indígena em conflito com os líderes de sua comunidade, localizada na periferia de Manaus. As tradições mantidas por seu povo parecem anacrônicas em relação à vida contemporânea que ele leva. Em busca de autoafirmação, o personagem abandona a comunidade para viver sozinho no centro da cidade, onde experimenta novos sentimentos e enfrenta outros desafios. No entanto, o Velho Pajé planeja trazê-lo de volta para mais um ritual.
23º Festival de Cinema de Vitória
Uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), o 23º Festival de Cinema de Vitória acontecerá entre os dias 14 e 19 de novembro, em Vitória-ES, e conta com o patrocínio do Ministério da Cultura através da Lei de Incentivo à Cultura, da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Rede Gazeta. São apoiadores a Caixa Econômica Federal, a ArcelorMittal Tubarão, a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e o Governo do Estado do Espírito Santo. O evento ainda conta com o apoio cultural do Instituto Sincades e do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) e com o apoio institucional do Canal Brasil e da Universidade Federal do Espírito Santo.
SERVIÇO
23º Festival de Cinema de Vitória
Data: de 14 a 19 de novembro
Locais:
– Teatro Carlos Gomes – Centro
– Cine Metrópolis e Prédio de Multimeios (Bob Esponja) – Ufes
– Hotel Senac Ilha do Boi
Vitória-ES
Entrada franca
Mais informações: www.festivaldevitoria.com.br
23º FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA
PROGRAMAÇÃO
SEGUNDA-FEIRA (14/11)
19H Cerimônia de abertura – Teatro Carlos Gomes
19H30 Sessão Especial Curta-Metragem de Abertura: “Eclipse Solar”, de Rodrigo de Oliveira – Teatro Carlos Gomes
20H 5ª Mostra Foco Capixaba – Teatro Carlos Gomes
A Febre (Documentário, 28’, ES), de João Oliveira. Quanta informação cabe em uma cidade? Vivências e aspectos do graffiti capixaba na visão de seus protagonistas.
Como Areia do Mar (Documentário, 19’, ES), de Raphael Sampaio. Compilado de memórias de três idosas, onde suas histórias de vida se cruzam e se misturam a serviço de sensações múltiplas, refletindo suas dores, traumas e opressões vividas.
Mitã Odjau Ramo – Quando a Criança Nasce” (Documentário, 17 min., ES), de Ricardo Sá. Vanete e Rosimara, duas índias Guarani grávidas, que decidiram realizar seus partos no hospital, próximo da aldeia onde vivem, quebrando uma tradição.
Montação (Documentário, 15’, ES) de Wanderson Viana. Dentre tantas possibilidades ser drag ainda é exacerbar o feminino. No curta, seis indivíduos se reúnem para um dia de muita maquiagem, brilho e reflexões sobre seus próprios corpos e tudo o que deles transbordar a partir da Montação.
O Projeto do Meu Pai (Animação, 6’, ES), de Rosaria. Eu tenho um amigo que diz que a gente precisa desenhar uma mesma coisa mil vezes, até ela ficar do jeito que a gente acha que é.
21H30 6ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Metragens – Teatro Carlos Gomes
Antes o Tempo Não Acabava (Ficção, 85′, AM), de Sergio Andrade e Fábio Baldo. Anderson é um jovem indígena em conflito com os líderes de sua comunidade, localizada na periferia de Manaus. As tradições mantidas por seu povo parecem anacrônicas em relação à vida contemporânea que ele leva. Em busca de autoafirmação, Anderson abandona a comunidade para viver sozinho no centro da cidade, onde experimenta novos sentimentos e enfrenta outros desafios. No entanto, o Velho Pajé planeja trazê-lo de volta para mais um ritual;
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