Fiscalização aperta cerco contra palmito e pescado clandestino

Caio Dias

Na Semana Santa não pode faltar a torta capixaba, feita de palmito e pescados. E para evitar a extinção de espécies ameaçadas, órgãos ambientais garantem estar fechando o cerco contra o comércio clandestino, já que alguns tipos de pescados e palmitos não podem ser vendidos. 

Por exemplo, o corte do palmito nativo da mata Atlântica (amargoso, pindoba, dendê e juçara) depende de vistoria prévia do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES (Idaf) e autorização. Mas só podem ser cortados se forem de cultivos.

Quando se trata de espécies exóticas (coco, pupunha ou açaí), o corte pode ser feito mediante comunicado ao órgão. Para obter a documentação, o produtor deve procurar o escritório do Idaf do seu município.

Já o palmito juçara tem a exploração proibida, pois consta na lista de espécies ameaçadas de extinção. Só pode cortar onde o juçara foi cultivado, mesmo assim sob autorização do Idaf. O corte do palmito Indaiá também está proibido no ES desde 2013, pois houve exploração excessiva da espécie.
 Chefe da Seção de Controle Florestal do Idaf, Fabricio Zanzarini, disse que até o feriado haverá fiscalização intensiva por parte do Idaf e da Polícia Ambiental em todo o ES.

Dos pescados que entram na torta, não poderão ser usados os camarões rosa, sete barbas, branco, santana ou vermelho e barba ruça. As espécies estão em defeso. Por isto a captura e venda estão proibidas em todo o estado até o próximo dia 31 de maio.  Já o caranguejo uçá, também usado em algumas receitas, está liberado. O defeso do bicho acabou na última segunda-feira (03).

A Prefeitura da Serra informa que vai continuar fiscalizando a venda de pescado e palmito. No último sábado (08) foi feita ação em pontos estratégicos e não foram encontradas irregularidades.