Aproveitando o clima nostálgico de fim das olimpíadas, bem como a proximidade do início das Paralimpíadas, vamos fazer uma analogia entre as campanhas eleitorais na Grande Vitória e uma prova do atletismo que contemple velocidade e regularidade, como os 5.000 metros rasos.
Ao ser dada a largada não adianta adotar a estratégia do Bolt, de imprimir uma grande velocidade, sob pena de perder o fôlego na reta final. Isso serve tanto para atletas como para as campanhas. É preciso pensar estrategicamente, ainda mais nesse pleito onde há novas regras e uma severa escassez de recursos.
E nessas primeiras duas semanas, na Grande Vitória, os candidatos estão bastante comedidos em suas ações de divulgação. Os municípios de Cariacica e Vila Velha ainda estão muito longe de entrarem no clima. Em Vitória, a despeito dos lançamentos das candidaturas e das primeiras pesquisas eleitorais, as conversas cotidianas ainda não têm como pauta as eleições municipais. Parece o tema ‘eleições’ foi mais debatido antes da formação das chapas e agora tudo deu uma esfriada.
Na Serra é até justificável o ambiente morno das campanhas. Em respeito à saúde do atual prefeito que busca sua reeleição. Vidigal, por exemplo, tem adotado reuniões em espaços fechados. A saúde de Audifax tem atraído boa parte da atenção da população, esvaziando ainda mais o conteúdo político da campanha.
Hoje todas as atenções estão voltadas para a recuperação do atual prefeito – e todos estamos torcendo por sua plena recuperação. Contudo, não pode ser desmerecido que uma eleição está em curso e ela acontecerá, com campanha ou não. Por isso, as perguntas feitas hoje giram em torno da postura da chapa à reeleição frente ao contexto atual. Outra dúvida é saber qual será a reação da população face ao estado de saúde do atual prefeito. As respostas podem variar bastante…
Será que a situação está guardando energia/munição para um sprint na reta final? Se sim, terá tempo para compensar o atraso na largada?