Categories: Meio Ambiente

Fumaça de carvão prejudica moradores

Aroaba e Muribeca: Comunidades apontam problemas respiratórios. Na imagem, montagem com moradores e carvoaria que atua na região rural da Serra. Foto: Edson Reis / Fotomontagem: Joatan Alves

Por Bruno Lyra

Para os moradores das comunidades rurais de Aroaba e Muribeca, respirar virou um pesadelo. É que a fumaça dos fornos de carvoaria que funcionam na região rural da Serra está chegando às casas e propriedades rurais.

“A fumaça se espalha da região de Aroaba e chega até próximo a BR 101. Já pedimos providência ao Idaf (Instituto de Defesa Agrupecuária e Florestal do ES). Já entregamos um abaixo assinado ao órgão. Mas até agora nada”, reclama a presidente da Associação de Moradores de Aroaba, Alcinéia Ramos.

Lilian Pimentel mora há 50 anos na região. Segundo ela, a fumaça é mais intensa à noite e se agrava no final da madrugada nesses dias mais frios. “Meu pai tem 85 anos e está com problemas respiratórios. E meu filho só consegue dormir após sessões de nebulização. Tem muita gente sofrendo”, destaca.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o vereador Auredir Pimentel (PDT), também é da região. Na semana passada ele acompanhou ação de fiscalização ambiental da Prefeitura na região. “A fumaça deixa os motoristas sem visibilidade e se espalha por até 4 km. Vamos acionar o Ministério Público e o Idaf para que tomem providências”, disse o vereador, que também é policial rodoviário federal.

A assessoria de imprensa da Prefeitura confirmou a ação do Meio Ambiente no último dia 10 de julho às 23h. “Foi constatado o incômodo que a fumaça tem causado aos moradores. Um relatório está sendo concluído nesta semana e será encaminhado ao Idaf”, promete.

Coordenador de licenciamento do Idaf, Ivan Correa, disse não é a primeira vez que a comunidade reclama da carvoaria. E pede que os moradores enviem fotos e vídeos para o e-mail ivancorrea@idaf.es.gov.br. “Isso é para embasar alguma ação nossa, já que estivemos lá e não vimos irregularidade, pois há licença ambiental”, explica.

Representante de carvoaria que atua na região, Leandro Rampinelli, disse que há um mês a empresa não queima carvão e está fechando as portas por conta da crise no mercado.   Leandro falou que sua empresa tem três fornos. Ele disse ainda que há fornos que são de outros proprietários, mas não soube informar o nome nem contatos.

Na manhã da última quinta (23) havia fornos em funcionamento.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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