A fumaça do incêndio nas turfas no entorno do Mestre Álvaro virou um grave problema de saúde pública para os bairros da Serra. É que com a mudança das condições do tempo nos últimos dias a fumaça tem ficado mais concentrada na cidade.
A região de José de Anchieta é a mais castigada. Confira o vídeo feito no início da manhã desta terça (24) pelo morador Vítor Rodrigues. Ele postou nas redes sociais e pede socorro às autoridades. Moradores de outros bairros da Serra tem sentido também com muita intensidade: Pitanga, Laranjeiras Velha, Barcelona, Jardim Limoeiro, Grande Laranjeiras também estão sendo duramente afetados.
Eles relatam problemas respiratórios e irritação nos olhos. Pessoas alérgicas, idosas e crianças tem sido os mais prejudicados, apontam.
Durante o dia o Corpo de Bombeiros combate o fogo usando água da estação de tratamento de esgoto da Cesan de Mulambá, Vitória. A água é retirada após o tratamento por dois caminhões pipas cedidos pela prefeitura.
Segundo o Aspirante da Corporação, Gabriel Caliman, o combate é de alta complexidade porque o incêndio acontece numa camada de matéria orgânica com profundidade de até 1,5 metro no solo.
Segundo ele, desde o último domingo (22) está sendo usada uma técnica chamada trincheira de umidade, onde a água é jogada sob alta pressão no solo formando uma espécie de cortina que impede a passagem do fogo para locais que ainda não queimaram.
Mais uma noite
O trabalho é feito do início da manhã até o final da tarde. Apesar do esforço do Corpo de Bombeiros no final da tarde de hoje ainda havia vários focos e muita fumaça na região, anunciando mais uma noite de sofrimento para os moradores.
Apesar da gravidade da fumaça, o Aspirante Gabriel Caliman descartou o risco do fogo atingir casas na baixada de José de Anchieta II e nas matas do Mestre Álvaro, alegando que valões que cortam a região acabam servindo de barreira de contenção.
Veja o vídeo: