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Gestão privada será responsável por contratação de funcionários do Materno Infantil na Serra

Contratações serão feitas pela mesma gestora do Hospital Jayme dos Santos Neves. Foto: Fernando Rubim

A contratação de funcionários que irão atuar no Hospital Materno Infantil – construído pela Prefeitura da Serra em Colina de Laranjeiras e assumido pelo Governo do Estado – será feita pelo grupo privado Associação Evangélica Beneficente Espírito Santense (Aebes). Apesar disso, ainda não existe uma data concreta de quando o processo seletivo será aberto, já que o Município não deu um prazo exato para entregar toda a estrutura e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirma que são necessárias adequações e aquisição de equipamentos para o pleno funcionamento da unidade.

Também não se sabe a quantidade de funcionários que serão necessários para fazer o hospital funcionar, mas no início do ano, a Secretaria Municipal de Saúde havia dado uma previsão de 500 contratações. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou as contrações, mas disse que a abertura do processo seletivo só será divulgada em “momento oportuno”, pela própria Associação Evangélica. Ainda informou que um grupo já está trabalhando para que isso aconteça.

No dia 19 de agosto, o TEMPO NOVO noticiou com exclusividade que o Materno Infantil terá uma gestão privada e que ainda não tem previsão para começar a funcionar. Na ocasião, a Prefeitura da Serra disse que a inauguração aconteceria “nas próximas semanas”, o que até agora não aconteceu. De acordo com o Governo do Estado, a maternidade será integrada ao “Complexo Hospitalar Dr. Jayme dos Santos Neves”, composto pelo hospital em Morada, e agora, também pela unidade construída pela Prefeitura da Serra. Por esse motivo, a gestão será feita pela Aebes.

Apesar da prefeitura afirmar que irá entregar o hospital pronto, a Secretaria da Saúde informou que ainda são necessárias aquisições de equipamentos e outras adequações na instalação da unidade para viabilizar o início das atividades. Dessa forma, não há uma data específica para o início do funcionamento da maternidade, que custou aproximadamente R$ 100 milhões.

No dia 10 de agosto, a prefeitura disse à reportagem que a inauguração da maternidade seria “nas próximas semanas”, mas não definiu quando será esse dia. Além disso, também não quis especificar se a partir dessa data (indefinida), a unidade já estaria em pleno funcionamento, o que parece que não deve acontecer, já que ainda faltam equipamentos, que serão adquiridos pela Associação Evangélica.

Conforme noticiado, por conta do tamanho do hospital, havia dúvidas de como a prefeitura iria colocar a maternidade para funcionar, uma vez que o custeio anual gira em torno de R$ 100 milhões (valor semelhante a estimativa do custo total da obra). Por isso, o Município propôs ao Governo do Estado para que a gestão do novo hospital fosse estadualizada.

Há pouco mais de um mês, por meio das redes sociais, o governador Renato Casagrande (PSB) confirmou que o Estado acatou a proposta da Prefeitura, entretanto não anunciou data para o início dos trabalhos. “Informei ao prefeito da Serra que o Estado aceita receber o Hospital Materno Infantil. Nosso objetivo é transferir a maternidade de alto risco do Jayme para liberar mais leitos para o tratamento da Covid-19”, destacou o governador na ocasião.

Maternidade vai realizar mais de 700 partos por mês

De acordo com a Prefeitura da Serra, o hospital, que recebeu o nome de Maria da Glória Merçon Vieira Cardoso, vai atender 8.700 gestantes por ano e realizar 725 partos por mês. Mulheres e crianças da Serra, de outros municípios capixabas e até de estados vizinhos, como Bahia, vão ser atendidas. O nome foi escolhido por meio de enquete popular realizada no site da Prefeitura da Serra.

A previsão inicial era que fossem oferecidos 135 leitos, mas com a pandemia do novo coronavírus, o Governo do Estado aceitou a proposta da prefeitura e transferiu os leitos de maternidade do hospital estadual Jayme Santos Neves para o Materno. Com isso, serão oferecidos 176 leitos.

A maternidade funcionará de porta aberta e receberá casos de risco habitual, ou seja, partos de baixa complexidade. As mamães serão acolhidas e classificadas, conforme suas necessidades.  A Política do Parto Humanizado está garantida com, por exemplo, a inserção do acompanhante no processo de atendimento ao bebê e à gestante. Haverá, ainda, leitos PPP: Pré-parto, Parto e Pós-parto, ou seja, a gestante permanece no mesmo local até sua alta.

A área do Hospital Materno Infantil é equivalente ao tamanho de dois campos e meio de futebol. A estrutura é composta por três pavimentos distribuídos em assistência materno-infantil e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico. Vale lembrar que essa é a maior obra pública da Serra.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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