Tendo como pano de fundo as eleições de 2018, o deputado federal Givaldo Vieira (PT) deve anunciar nas próximas semanas a sua mudança para outra legenda. E a questão não seria ideológica apenas.
Ele deve buscar a reeleição em outubro, mas está vendo suas chances de vitória diminuírem diante do cenário que se configura no partido, com as candidaturas de Coser e Helder Salomão ganhando musculatura.
Oficialmente, o Processo de Eleição Direta (PED) do PT poderá justificar no mercado político como uma das principais razões para a troca de legenda. Ocorrido em 2017, o PED acirrou a disputa interna pelo controle do partido e, na ocasião, uma decisão da direção nacional do partido, questionada por militantes ligados a Givaldo, resultou na vitória de João Coser, seu adversário na disputa.
Com a janela aberta pelo Calendário Eleitoral para troca de legenda, o petista deve anunciar nos próximos dias para qual partido deve migrar. As especulações são de que o petista poderia ir para o PSB ou PCdoB. Entretanto, no PSB Givaldo pode enfrentar situação semelhante à que se encontra. No ninho socialista ele teria que disputar com outro gigante, Paulo Foletto. O PSB deve alcançar apenas uma cadeiras de deputado federal.
Já no PCdoB, além de ter mais facilidade para eleição, uma vez que a legenda deve se unir a outros partidos menores na corrida eleitoral, ele também deve assumir o controle do partido. Esta seria uma das condições para que a filiação seja confirmada.
Por meio de sua assessoria, o deputado informou que “está ouvindo propostas, como do PCdoB, do PSB, fazendo conversas; ouvindo a Direção Nacional do PT. Não tem confirmação”.
Mas petistas ligados ao deputado garantem que ele estaria de malas prontas para outro partido, que deve ser acompanhado por outros, como o ex-vereador Sebastião Sabino e Nego da Pesca. Petistas históricos como Lourência Riani, Cida Campos e Cleber Lanes devem permanecer no PT.