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Golpista se passa por servidor e dá golpe de quase R$ 17 mil em moradora da Serra

O golpista fez um empréstimo consignado digital no nome da vítima, no valor de R$ 14.179,70 e não satisfeito, contratou um Crédito Pessoal de R$ 1.982,29, fazendo em seguida diversas transferências. Crédito: Agência Brasil

Uma moradora da Serra foi vítima de um golpista e perdeu quase R$ 17 mil após um homem se passar por funcionário do CRAS – Centro de Referência e Assistência Social da Serra e pegar um empréstimo sem sua autorização. Por meio de nota, a Prefeitura da Serra, disse que não realiza visitas nas residências dos moradores para solicitar documentos ou oferecer benefícios.

De acordo com a vítima, que reside em Feu Rosa e prefere não ser identificada por segurança, o golpista esteve em sua casa no dia 16 de outubro.

“Ele disse que, por meio de um sorteio, eu havia sido contemplada com uma cesta básica. Deixei-o entrar em casa; ele me entregou a cesta, tirou uma foto para comprovar a entrega e foi embora. Ele estava de crachá, como eu poderia desconfiar? Falava bem”, relatou a vítima ao Tempo Novo.

Ainda segundo a moradora, o homem retornou depois, pedindo as contas de água e energia, afirmando que “arranjaria um vereador” para quitá-las. Dessa vez, ele entregou uma cesta de produtos de limpeza. No entanto, após essa visita, não houve mais retorno.

Para a surpresa da vítima, sua neta descobriu no dia 23 de outubro, que haviam feito um empréstimo consignado digital em seu nome, no valor de R$ 14.179,70. O empréstimo foi feito no dia 16 de outubro e neste mesmo dia, ocorreram seis transferências bancárias com valores variados para contas diferentes. No dia 17, mais duas movimentações foram confirmadas. Além disso, quando a conta foi zerada, os golpistas contrataram um Crédito Pessoal de R$ 1.982,29, realizaram mais duas transferências e ainda fizeram a portabilidade do benefício da vítima para outro banco.

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O suspeito é descrito pela moradora como pardo, de estatura mediana, olhos pretos, cabelo liso cortado baixo e usava crachá. A vítima registrou o caso no INSS, no banco e na Polícia Civil.

O Tempo Novo entrou em contato com a Prefeitura da Serra, que, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), informou que não realiza visitas nas residências dos moradores para solicitar documentos ou oferecer benefícios. Os benefícios, incluindo cestas de alimentos, são entregues exclusivamente na central de distribuição, localizada no CRAS de Laranjeiras.

Para prevenir golpes, as equipes dos CRAS estão promovendo ações de conscientização nas comunidades e disponibilizando informativos em todas as unidades. A secretaria orienta que os assistidos evitem fornecer dados pessoais a pessoas fora das unidades de atendimento do CRAS. Caso algum morador receba visitas suspeitas em casa, é importante que não forneça dados e recuse qualquer oferta, denunciando imediatamente ao órgão competente ou à polícia.

A Secretaria reitera que não realiza distribuição domiciliar nem coleta de dados na casa dos assistidos.

A Polícia Civil informou que o caso está sob investigação no 12º Distrito Policial da Serra, empenhado em identificar e responsabilizar os suspeitos. A população pode colaborar com o Disque-Denúncia (181), um canal gratuito disponível em todo o estado, para reportar irregularidades e fornecer informações que auxiliem na resolução de crimes.

O que diz o banco

O Tempo procurou o Agibank para falar sobre o assunto e por meio de nota, o banco disse que em relação ao relato da moradora de Serra-ES, destacamos que o Agibank possui rigorosos protocolos de segurança em todas as suas operações. No caso específico em questão, as contratações realizadas foram efetuadas com a devida autenticação biométrica e com documentos válidos da cliente, o que garante a integridade dos procedimentos.

Ainda de acordo com o banco, até o momento, a equipe de atendimento não recebeu qualquer contato direto da cliente para contestação das transações ou para a ativação dos protocolos de segurança.

“Assim que fomos notificados sobre o caso, ativamos procedimentos adicionais para mitigar riscos e tentativas de fraude. Entre as ações adotadas estão o bloqueio temporário de transações e o registro de infrações PIX para buscar recuperar eventuais valores. Orientamos, como em todos os casos, que nossos clientes tomem medidas preventivas ao interagir com terceiros e compartilhem seus dados pessoais apenas com fontes confiáveis”.

O Agibank acrescentou que segue disponível para auxiliar a cliente e prestar o suporte necessário para que o caso seja resolvido com segurança.Estamos à disposição para quaisquer dúvidas adicionais.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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