O Governo do Estado assumiu, na manhã desta quinta-feira (7), que existe uma defasagem no salário da Polícia Militar e prometeu aumentar a folha salarial dos policiais capixabas para a média nacional. A afirmação foi dada pelo Secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, que ainda disse que o Estado está em constante conversa com a categoria.
Nos últimos dias, uma suposta ameaça de greve tem circulado pelas redes sociais. A imagem vem sendo compartilhada em diversos grupos, principalmente pelos aplicativos de mensagem, como o WhatsApp. Apesar disso, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS-ES) negou que haja uma possibilidade de greve e disse que a informação não procede.
Para o TEMPO NOVO, o Secretário de Segurança Pública disse que é de conhecimento do Governo do Estado que a categoria da segurança pública “precisa de uma distinção em razão da defasagem salarial”. Disse, ainda, que Renato Casagrande (PSB) vem se empenhando e está sempre em diálogo com a categoria.
“Em primeiro lugar, é importante dizer que a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros têm feito um trabalho fantástico. É de conhecimento nosso que a categoria da segurança pública precisa ser tratada com uma distinção em razão da defasagem salarial que a gente já diagnosticou. O governador tem se empenhado e já o recebeu”, afirmou o Roberto de Sá.
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O secretário ainda disse que o Governo do Estado, durante o mandato de Casagrande, vai aumentar o salário dos policiais militares, civis e bombeiros ao nível nacional. “O governador falou num vídeo, onde nós anunciamos aumento de vagas nos concursos, que vai ao longo de seu mandato colocar o salário dos nossos policiais numa média nacional. Isso já está dito. A gente entende que há uma angústia por parte deles em razão do tempo”, explicou.
Questionado sobre a imagem que vem circulando na internet, o secretário lamentou a postagem e afirma que está investigando quem compartilhou. “Eu diria que foi uma postagem que a gente lamenta. A internet e as redes sociais, infelizmente, permitem essas manifestações anônimas, mas as classes sabem que tem o diálogo aberto. Nosso setor de inteligência sempre monitora. Isso já está sendo feito”, destacou.
O TEMPO NOVO entrou em contato com a Polícia Militar, através de sua assessoria de imprensa, mas até o fechamento desta reportagem a PM não se manifestou sobre a suposta ameaça de greve.
Em fevereiro de 2017, o Espírito Santo viveu um verdadeiro caos, com 22 dias de paralisação da Polícia Militar. Na ocasião, os policiais militares pararam com a justificativa de que seus familiares estavam bloqueando as entradas das unidades da PM em todo o estado.
A ação provocou uma onda de violência em todas as cidades capixabas, com muitos assaltos, saques em comércio e mais de 200 assassinatos registrados no período. Foi necessária a intervenção das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança para por fim à paralisação.
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