O Governo do Estado ainda não tem uma previsão para início das obras do novo Aristóbulo Barbosa Leão, em Laranjeiras, na Serra. O prédio antigo foi demolido no final do ano passado, após ficar quatro anos com obras paradas, o que segundo o Governo do Estado deixou o espaço sem ‘boas condições’ para continuar a reforma.
Enquanto a obra está parada, os alunos da escola continuam em um prédio alugado que fica às margens da Avenida Norte Sul, em Jardim Limoeiro. O Governo do Estado paga mensalmente cerca de R$ 78 mil de aluguel do espaço, os dados foram compilados no Portal da Transparência no ano passado. Ao todo, já foram gastos mais de R$ 4 milhões somente em aluguel.
Já com a reforma, que não foi concluída o gasto chegou aos R$ 6 milhões. A demolição custou aos cofres públicos mais R$ 290,7 mil e a empresa contratada para realizar o serviço foi a BC Engenharia e Arquitetura Eireli- ME. Vale lembrar que foi demolido somente o prédio principal da escola, onde aconteciam as aulas. Serão mantidos da estrutura atual, a cozinha e áreas de apoio, refeitório coberto, área serviços, vestiário, auditório e quadra poliesportiva.
Somando os valores da reforma não concluída, dos alugueis pagos e da demolição, o Governo do Estado já gastou quase R$ 12 milhões com a escola que ainda não está pronta. O valor ainda deve aumentar já que o Estado segue sem previsão para início das novas obras.
Em nota a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informou que as obras estão em fase de planejamento para a execução das intervenções ao longo deste ano, mas não quis estimar um prazo exato. Também não comentou valores para a nova obra.
Entenda a obra
O prédio do ABL, em Laranjeiras, tem 41 anos e começou a ser reformado em 2012. O custo divulgado na época era de R$ 9 milhões, e a reforma deveria ter sido entregue em julho de 2014. Porém, as obras foram paralisadas naquele ano. O motivo, de acordo com o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), é que a empresa contratada para executar o serviço faliu e abandonou o trabalho.
Logo no início das obras em 2012 os alunos foram levados para um espaço provisório onde funcionava uma faculdade em Jardim Limoeiro, ao lado do cruzamento entre as rodovias Norte – Sul e ES 010. Ao longo desses anos, o prédio vem sendo motivos de queixas e protestos de estudantes, que alegam falta de estrutura. Dentre eles, espaço precário para educação física, ausência de ar condicionado, ventiladores e parte elétrica com problemas constantes, além dos riscos de assaltos nas redondezas.
Ao todo, foram gastos R$ 6 milhões com a reforma não concluída e R$ 5,8 milhões de aluguel (cerca de R$ 78 mil mensais atualmente) do prédio da faculdade de acordo com dados do Portal da Transparência. Somados os valores, chega-se a R$ 11,8 milhões, montante que já ultrapassou o investimento na reforma previsto pelo Estado. Fora o custo de R$ 290,7 mil da demolição.