Em uma sessão realizada na tarde da última segunda-feira (03) na Assembleia Legislativa, a Comissão de Educação acusou o Governo do Estado de omissão por não ter dado uma solução rápida as denúncias de perseguição e assédio moral por parte da direção da escola Aristóbulo Barbosa Leão (ABL), na Serra. Na reunião, estiveram presentes os profissionais da escola que acusam a gestão do ABL e alunos da escola que apoiam o grupo de professores.
Conforme o TEMPO NOVO divulgou no dia 26 de maio, profissionais da escola – que não serão identificados nesta matéria – encaminharam um documento com as denúncias para a comissão, que é presidida pelo deputado Vandinho Leite (PSDB). No documento, ao qual a reportagem teve acesso, os professores afirmam que as perseguições feitas pela direção do Aristóbulo já causaram até afastamento médico de funcionários da unidade escolar.
Os denunciantes ainda reclamam da “postura autoritária” da gestão da unidade de ensino e afirmam que isso já causou diversos constrangimentos com funcionários, dos professores até os profissionais da limpeza. Uma fonte ouvida pela reportagem ainda afirma que o Aristóbulo passa por um “desmonte” com a diminuição de turmas, o que pode levar a um possível fim da escola no futuro. Tema que também foi denunciado no documento endereçado aos deputados.
Na sessão, os deputados pediram que a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) abra um Processo Administrativo Disciplinar para apurar as denúncias contra a gestão da escola. Além disso, a comissão pede que o atual secretário de educação, Vitor de Angelo, apure sobre a suposta omissão por parte da Sedu.
Vandinho propôs, e foi aprovado pelos deputados, um pedido de informação junto à Sedu sobre o caso e também o convite do titular da pasta, Vitor de Angelo, para que ele vá à Assembleia Legislativa.
Sedu não se pronuncia sobre acusações de omissão
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sedu na noite da última segunda-feira (03) para saber se a secretaria iria se pronunciar sobre as acusações de omissão por parte dos deputados e se iria abrir o Processo Administrativo para apurar o caso. No início da manhã desta terça-feira (04), a assessoria da secretaria, Mirela Marcarini , chegou a entrar contato com o TEMPO NOVO afirmando que ainda estava apurando a demanda, mas que logo responderia.
Na parte da tarde desta terça, a reportagem entrou novamente em contato com a assessoria da Sedu perguntando se já tinha uma resposta para a demanda, mas o e-mail foi ignorado pela assessora.