Gabriel Almeida
O prédio da Escola Estadual de Ensino Médio Aristóbulo Barbosa Leão (ABL) que fica em Parque Residencial Laranjeiras será demolido pelo Governo do Estado. Isto porque depois de quatro anos que a obra ficou parada, o Estado identificou que seria necessária uma avaliação sobre a situação da construção, sendo constatado por uma empresa contratada que a estrutura não estaria em boas condições e que deveria ser levada ao chão. A promessa é que as obras sejam retomadas ainda este ano.
A reportagem conversou com o atual Secretário de Educação, Haroldo Rocha, que afirmou que o prédio do ABL em Laranjeiras deve ser demolido ainda este ano. “O prédio vai ter que ser demolido porque não queremos correr nenhum risco, estamos falando de vidas e de jovens. Estamos fazendo todo o possível para que a demolição e que a nova obra comece ainda esse ano”, explica.
O secretário ainda disse que se tudo correr como planejado a obra pode ser concluída em dois anos. “Nós não podemos dar um prazo certo, porque o projeto está em fase de finalização e logo em seguida abriremos a licitação para a contratação da empresa. Só depois disso podemos dar um prazo final para a obra. Mas se tudo der certo, a obra pode ser concluída em dois anos”, afirma.
Ainda de acordo com Haroldo, a construção vai ser feita com alta tecnologia e por isso terá um prazo curto para término. “Irá ser uma construção rápida. Serão usadas paredes pré-produzidas e os materiais como aço e vidro. Essa com certeza será a melhor escola estadual da Serra”, disse.
“Prédio atual não é improvisado”
Questionado sobre a situação do prédio alugado em Jardim Limoeiro, onde atualmente os alunos estudam, o secretário afirmou que o local não é um improviso. “A Sedu nunca deixou de investir no Aristóbulo. O prédio onde eles estão estudando não é um improviso. Sabemos que não é o ideal, mas também não é péssimo”, conta.
O prédio do ABL, em Laranjeiras, tem 41 anos e começou a ser reformado em 2012. As obras, que tinham um investimento inicial de R$ 9 milhões, deveriam ter sido entregues em julho de 2014, ano em que foram paralisadas. O motivo, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Sedu), é que a empresa contratada para executar a obra faliu e abandonou o trabalho.
Logo no início das obras os alunos foram levados para um prédio onde funcionava uma faculdade em Jardim Limoeiro. Ao todo, foram gastos R$ 6 milhões com a reforma que não foi concluída e R$ 4 milhões de aluguel (cerca de R$ 78 mil mensal atualmente). Somados os valores, chega-se a R$ 10 milhões, montante que já ultrapassou o investimento inicial previsto pelo Estado.
Escola Viva
Nas primeiras semanas de 2017, começaram a circular boatos nos corredores da escola de que o
Aristóbulo não voltaria mais a funcionar no prédio original, em Laranjeiras. Segundo alunos e profissionais da escola, a informação era que a instituição continuaria em Jardim Limoeiro e que no prédio original do colégio, em Laranjeiras, seria construída uma unidade da Escola Viva ou uma escola técnica.
Na ocasião, a Sedu desmentiu a mudança e afirmou que assim que a obra fosse terminada o ABL voltaria para a comunidade de Laranjeiras.
Questionamos o secretário Haroldo Rocha se o colégio seria adaptado para receber uma Escola Viva ou continuaria com as atividades de três turnos. Haroldo garantiu que o ABL irá sair do prédio alugado e voltará para Laranjeiras assim que a nova obra da escola for inaugurada. “Não temos como definir no momento se o Aristóbulo será ou não uma Escola Viva. A estrutura será planejada para ser tanto o ABL de hoje quanto uma escola de ensino integral. Isso deve ser definido com os alunos e profissionais quando a obra estiver pronta”, argumentou.