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Governo e sindicatos divergem sobre finanças do Estado

O sindicalista Hayson diz que levantamento apontou um alto saldo no caixa do Governo. Já a secretária Ana Paula questiona o critério utilizado no estudo. Foto: Divulgação

Por Conceição Nascimento 
Um estudo de acompanhamento da evolução da receita e da despesa do Espírito Santo encomendado pelo Fórum Intersindical do Serviço Público do Espírito Santo aponta que a saúde financeira do Estado pode não estar tão ruim quanto prega a equipe econômica do governador Paulo Hartung (PMDB).
Segundo o levantamento, até o dia 19 de março de 2015, a arrecadação estadual foi de R$ 2,8 bilhões. No período, os gastos chegaram a R$ 1,8 bilhão, o que daria um saldo de R$ 1 bilhão em caixa. O estudo foi realizado pela RECTE Consultoria e Comunicação, a pedido do Fórum.
Segundo o secretário administrativo e financeiro do Fórum Intersindical, Haylson de Oliveira, diante do discurso do governador Paulo Hartung de que o Estado “estaria quebrado”, os sindicatos solicitaram os estudos, que tiveram como base as informações do próprio Governo.
“O governador manipula números para justificar os cortes que tem feito nas diversas áreas da administração e desqualificar o antecessor, Renato Casagrande. Ele está precarizando os serviços para fazer caixa e depois retomar os projetos e usar o marketing de que salvou o Estado”, avaliou o sindicalista.
Segundo a Secretária de Estado da Fazenda, Ana Paula Vescovi, ao analisar a receita estadual, é preciso separar o que fica no caixa e o recurso que já vem carimbado. “Temos uma queda de 12,1% na receita do Governo. A receita de caixa caiu em 10%. Conseguimos colocar no caixa da administração R$ 97 milhões neste quadrimestre”, apontou.
Sobre uma sobra de R$ 1 bilhão em caixa, disse desconhecer. “Não tenho conhecimento deste valor e não sei qual o critério utilizado para chegar a este número”, contou.
Ana Paula Vescovi informou ainda que a arrecadação do Estado está acontecendo sem frustração com a receita estimada nestes primeiros meses. No período, segundo a secretária, o superávit primário foi de R$ 448 milhões “Mas é preciso ficar atento ao comportamento da economia no país nos próximos meses”, explicou.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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