Por Conceição Nascimento
Agências bancárias de todo o país amanheceram fechadas nesta terça-feira (30). Usuários dos serviços precisaram utilizar o auto-atendimento para realizar algumas transações.
Hoje (30), às 17h, tem plenária organizativa de greve dos bancários para definir as ações do movimento para esta quarta-feira (1). A reunião será no auditório do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES) que não acredita em negociação para as próximas horas e aponta que o movimento deve prosseguir.
Com a greve ficam impedidos os serviços de empréstimos, financiamentos, contratos e depósitos de grandes valores, segundo informou o coordenador geral do Sindicato dos Bancários/ES, Carlos Pereira de Araújo, o Carlão, que integra o comando nacional da categoria representando a Intersindical.
Os bancários reivindicam, entre outras pautas, reajuste de 12,5%, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu no último sábado (27) percentual de 7,5% (para salários) e 8% para o piso.
“Além da questão salarial, temos outros pontos relevantes, como saúde e condições de trabalho. Há quatro anos, havia 13 mil bancários afastados por problemas como depressão e estresse. O número atual é de 18 mil funcionários. Isso comprova que o transtorno está aumentando. Temos número insuficiente de bancários para atender a demanda das agências, que impõem metas. Estamos em um ambiente adoecedor e só haverá o fim da greve com negociações satisfatórias”, disse Carlão.
Segundo o sindicalista, 30% dos bancários estão trabalhando, conforme orientação legal. “Isso dá em média um gerente e dois funcionários”, pontuou.
Confira algumas das reivindicações dos bancários:
– Reajuste de 12,5%
– Vales alimentação, refeição e 13ª cesta e auxílio creche/babá
– Plano de cargos, carreiras e salários para todos os bancários
– Fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários