Clarice Poltronieri
Quase dois meses após a greve dos caminhoneiros, que durou 10 dias acabando em 30 de maio, a indústria e o comércio ainda se recuperam gradativamente.
Segundo o diretor da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio), Ilson Bozi, o setor só deve se normalizar por volta de agosto/setembro. “A greve prejudicou toda a economia e ainda estamos com reflexos dela. Como faltou matéria-prima para fabricação de alguns produtos durante a greve, a produção não se recuperou e estamos com dificuldade de fornecimento de alguns produtos. Deve levar uns dois meses para a situação normalizar”, calcula.
Ele detalha que os setores mais prejudicados são o de alimentos perecíveis, como carnes, embutidos, hortaliças, leite e derivados. Mas pontua que o setor de materiais de construção também sofreu. “A reivindicação deles foi justa, mas a greve é injusta, pois atinge terceiros. Fui dirigente sindical por anos e nunca incentivei greve”, opina.
A Fecomércio calculou que comércio capixaba chegou a perder 60% do fluxo de vendas durante a paralisação e estimou prejuízo de R$200 milhões (R$20mi/dia).
Nas indústrias capixabas a greve fez a produção recuar em maio (-2,3%), livre de efeito sazonal, valor abaixo da média nacional (-10,9%). Dos 15 estados pesquisados no Brasil, apenas o Pará registrou crescimento (+9,2%) na produção industrial de maio comparado a abril.
Já em comparação a maio de 2017, o recuo da produção capixaba foi de -5,4%, também inferior à média nacional (-6,6%). As quedas acentuadas e generalizadas na foram impulsionada pela greve dos caminhoneiros. Considerando o trimestre, o estado (+0,5%) e o Pará (+2,3%) foram os únicos a apresentar aumento.
Mas ao considerar o acumulado no ano (-5,1%) e nos últimos 12 meses (-1,9%) a produção capixaba apresentou recuo, enquanto no Brasil houve crescimento de 2% e 3% respectivamente. Os dados são do Instituto Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies).
A estimativa da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) de prejuízos no setor com a greve foi de R$70 milhões na Serra e de R$500 milhões no Estado. No ápice da crise, 70% das indústrias tiveram algum tipo de paralisação (total ou parcial).
Segundo a assessoria de imprensa da Findes, a partir deste mês acredita-se que o fluxo de caixa, os estoques e a distribuição vão se normalizar.
Divulgação Um homem, cuja identidade não foi revelada, foi encontrado morto na madrugada deste domingo (22). O caso ocorreu no…
Da esquerda para a direita a capa das obras "Padrões de Qualidade do Rastreamento dos Cânceres de Mama e de…
Especialista ensina como cuidar dos hábitos alimentares das crianças nas férias sem abrir mão de comer alimentos prazerosos/ Crédito: Freepik…
Especialistas indicam medidas simples, para garantir que cães e gatos passem pelo verão com um pouco mais de conforto e…
A nova estrutura da EMEF Carla Patrícia representa investimento de R$ 13.144.839,51/ Foto: Samuel Chahoud e Marcelo Pereira A comunidade…
Fernando Lemgruber - terceiro da direita para a esquerda - durante a premiação dos mais influentes da saúde. Crédito :…