Ficar pelado em público anda em baixa. O Grupo Naturismo Capixaba preocupa-se com o futuro do movimento por conta do envelhecimento dos adeptos. A ordem é atrair jovens para dar continuidade ao modo de vida, cuja marca principal é a reunião onde todos ficam nus.
Segundo o professor da Ufes, Evandro Telles, com três livros publicados, a preocupação é internacional. “Agora estamos com um presidente novo que atrai mais jovens. O movimento naturista é antigo, começou com a cachoeirense Luz del Fuego, mas a sociedade ainda tem muito preconceito com a nudez social”, conta.
Maria Luzia Almeida de Almeida, praticante há 25 anos e uma das fundadoras da praia de Barra Seca, em Linhares, também se preocupa. “A nudez só é aceita por conveniência, quando envolve dinheiro, fama ou erotismo. Para um jovem é simples se despir diante de um desconhecido para o sexo, mas se for apenas para se libertar, há constrangimento e vergonha”, diz.
O presidente do grupo e representante capixaba na Federação Brasileira de Naturismo, Leonardo Spinola de Miranda, procura atrair mais jovens ao movimento e diz que três deles são serranos. “No último encontro do grupo, uma artista serrana de 27 anos pintou um nu artístico que foi prêmio do nosso bingo. Os jovens ainda não se identificam por conta do preconceito que ainda há”, narra.
O grupo existe há cinco anos. O último encontro foi no final de semana em Guarapari. O público é de todas as áreas: artistas, engenheiros, professores, policiais, comerciantes, funcionários públicos.
No dia 20 de novembro o Grupo Naturismo Capixaba foi apresentado na 6ª Edição do EXPOUNA, exposição que reúne os trabalhos do centro Universitário Una, em Belo Horizonte, sobre tribos urbanas.
Quem tem interesse em conhecer e participar do grupo deve entrar em contato com o mesmo pelo facebook Grupo Naturismo Capixaba ou e-mail naturismocapixaba@gmail.com