Clarice Poltronieri
No final de outubro a Serra vai receber o reforço de 50 Guardas Municipais. É o que garante a Prefeitura da Serra. Segundo a assessoria de imprensa da administração muncipal, a primeira turma de concursados, que inclui homens e mulheres, está em treinamento desde o dia 25 de julho e o curso dura três meses. Assim que for concluído, os agentes estarão nas ruas.
Assim que esta turma se formar, virão outras duas, uma subsequente à outra, até finalizar os 170 agentes aprovados no concurso. Os novos agentes irão atuar armados em pontos estratégicos para auxiliar a segurança patrimonial e civil. Estarão presentes nos polos comerciais da cidade; nas escolas municipais, que hoje estão sem vigilantes e tem sofrido uma onda de arrombamentos; e nas regiões litorâneas aos fins de semana e feriados.
A nomeação dos 50 nomes para a Guarda Municipal foi palco de um embate entre prefeitura e a Câmara de vereadores. O projeto de lei, que previa, entre outras coisas, a homologação dos nomes, provocou debates na Câmara, sendo aprovado em sessão extraordinária no dia 30 de junho, após ser rejeitado horas mais cedo em outra sessão.
Após a votação, que contou com a presença de 18 vereadores, muitos da base aliada do prefeito, o projeto foi sancionado no mesmo dia pelo prefeito. Com o prazo para homologação e nomeação do efetivo expirando dia dois de julho, em função do Calendário Eleitoral, não havia mais tempo hábil para que o Projeto de Lei continuasse a tramitar no Legislativo.
Apesar de tudo estar caminhando para o funcionamento da Guarda, a presidente da Câmara de Vereadores, Neidia Maura Pimentel (PSD) considera nula lei que permite a nomeação dos 50 primeiros aprovados e já ingressou com ação na Justiça para barrar o processo. Neidia é vereadora de oposição e aliada do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT), que deverá enfrentar o atual prefeito Audifax Barcelos (Rede) nas eleições de outubro para saber quem mandará no executivo municipal pelos próximos quatro anos.
Já a assessoria de imprensa da Prefeitura afirma que o concurso continua normalmente e que a lei aprovada pela Câmara tem plena validade.