O sistema mais polêmico dos últimos anos já está fazendo barulho na Grande Vitória. Em Vitória, em votação em regime de urgência, foi vetado o uso do aplicativo Uber no município. Na prática, este sistema possibilita que qualquer motorista e seu veículo disponibilize serviços homônimos ao de táxis. É claro que os taxistas estão se mobilizando contra esse aplicativo nas maiores cidades do Brasil e do mundo, alegando competição desleal. Mas quais são as discussões ocultas inseridas nesse contexto?
A inserção da tecnologia em nossas vidas tem mudado radicalmente vários aspectos da nossa vida cotidiana. Desde as brincadeiras infantis – pega-pique e bola-de-gude substituídos por videogames e tablets – até as relações de trabalho. Algumas dessas últimas foram profundamente transformadas e profissões foram até extintas – para aqueles leitores desta coluna que estão na faixa dos 40 anos ou mais, certamente vão se lembrar dos exemplos das telefonistas ou mesmo dos datilógrafos.
Vale ressaltar, por outro lado, que aplicativos como o Skype ou o Whatsapp vieram revolucionar a forma como transmitimos imagem, som e dados a custos significativamente mais baixos que os ofertados pelas Companhias de Telefonia no Brasil. Assim, não seria plausível supor que o Uber é uma oportunidade de mudarmos nosso conceito acerca do transporte nas grandes cidades?
Esse debate em breve certamente vai ser tema na Casa de Leis da Serra. E é necessário fazer uma reflexão mais profunda sobre os rumos da tecnologia na vida cotidiana. Mas, certamente se eu fosse um taxista também me preocuparia bastante com esse aplicativo…