Após o Sindirodoviários publicar o edital onde anuncia a greve da categoria para a próxima segunda-feira (2), o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) acionou a Justiça pedindo a determinação da manutenção de 100% da frota do Transcol em circulação, e dessa forma, proibir a greve.
O GVBus também apresentou o pedido para circular, pelo menos, 90% nos horários de pico (entre 5h e 9 horas e entre 15h e 20 horas) e 70% nos demais horários, com tripulação integral. Além disso, foi solicitada para Justiça a proibição de bloqueios de acessos as sedes e garagens da empresa e protestos que fechem ruas da Grande Vitória.
Conforme noticiado pelo TEMPO NOVO, os rodoviários anunciaram no fim da tarde da última quarta-feira (27) que irão realizar uma paralisação a partir das 0h da próxima segunda-feira (2). A decisão foi tomada após a realização de duas assembleias, em Vitória. Nestas reuniões, a categoria não conseguiu entrar em acordo com as empresas de transporte público, que apresentaram uma proposta de reajuste bem menor do que é desejado pelos trabalhadores.
Os motoristas e cobradores rejeitaram a contraproposta patronal, que oferece 2,54% de reajuste salarial. A pauta de reivindicações entregue as empresas solicitava 9% de reajuste acima da inflação, além de mudança da data base para 1º de maio, plano de saúde integral, mudanças em escalas de trabalho, entre outros pontos.
A diretoria do sindicato informou que as empresas se negaram a negociar e apresentaram a contraproposta. Diante disso, os rodoviários aprovaram o estado de greve e a paralisação começa na próxima segunda-feira, a partir da 0h.
GVBus diz que pedido de reajuste é fora da realidade
Em nota enviada para o TEMPO NOVO, o GVBus disse que “o pedido oficial do Sindirodoviários está desconexo da realidade, solicitando reajuste salarial acima de 11% (índice INPC mais 9%), sendo que a inflação acumulada no período é de 2,54%, ajuste proposto pelas empresas. Ou seja, os trabalhadores pedem um reajuste 292% acima da inflação, fora outras reivindicações”.
Disse ainda que “isso demonstra que o sindicato dos trabalhadores nunca teve a intenção de fazer acordo, já que a inflação no país está com viés de queda e de estabilidade. Lembramos que outras categorias no Espírito Santo e em outros estados do Brasil já fecharam acordos de reajuste salarial abaixo de 3%”.
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