Hoje (23/02/23) comemora-se o aniversário de 10 anos da inauguração do maior hospital público do Espírito Santo, o Dr. Jayme Santos Neves. Pensado como uma das soluções estruturantes para suprir a demanda por atendimento de urgência e emergência, o hospital tinha uma parte anexa da qual funcionava o Pronto Socorro 24h, na época com expectativa de atender 10 mil pacientes por mês. Infelizmente, atualmente o local está de portas fechadas e sem previsão de retorno.
Para relembrar os fatos, o Tempo Novo acionou a coluna destinada ao resgate histórico do acervo do jornal, o ‘Histórias da Serra’. Nele, foram encontradas duas edições da época que o TN deu ampla cobertura da inauguração do Jayme Santos Neves, da qual entre outros serviços, comemorava-se o novo Pronto-Socorro. Antes de trazer as matérias da época, vale a contextualização:
Quando a pandemia chegou em 2020, o Jayme se tornou a unidade hospitalar de referência no tratamento de Covid-19; e com isso, o Pronto-Socorro foi fechado, deixando a população da Serra na dependência somente das UPA’s, que já enfrentavam casos de superlotação. Havia um entendimento que após o controle epidemiológico da doença, o governador Renato Casagrande reabrisse o Pronto-Socorro do Jayme para diluir a demanda que atualmente recaí toda nas UPA’s, no entanto, de acordo com a última resposta dada ao Jornal Tempo Novo há duas semanas, a reabertura do P.S não está nos planos do Governo do Estado.
“Após anos gritando por socorro, a população, especialmente os serranos, terá um alívio na dor da angústia quando o assunto é saúde pública. E que neste sábado, 23, às 9h30, está prevista a entrega do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, popularmente conhecido como Novo Dório Silva, e que terá sua administração a cargo da Associação Evangélica Beneficente Espíritossantense (Aebes), motivo que gerou muitas intrigas quanto aos problemas com serviços de gestão terceirizada. O contrato terá duração de cinco anos e o orçamento, previsto para os primeiros quinze meses de gestão, é de mais de R$ 100 milhões.
O Hospital Dr. Jayme Santos Neves será o maior do Espírito Santo, com 424 leitos, sendo 80 intensivos, e terá o mesmo perfil de atendimento do Dório Silva, sendo referência em urgência e emergência, tratamento de queimados e maternidade de alto risco. Também será o primeiro do Estado a não usar papel nos trabalhos administrativos. O atendimento será totalmente informatizado.
Orçado em R$ 122 milhões, contará com equipamentos de raio X, tomografia, ressonância magnética, endoscopia, ultrassom, ecodoppler, videolaparoscópico, além de oito salas no centro cirúrgico, pronto-socorro com capacidade para 10 mil atendimentos por mês. A área de construção é de 32 mil metros quadrados. O estacionamento contará com 517 vagas, e haverá um heliponto para receber pacientes resgatados por helicópteros ou transferidos de outros locais”.
(…) O pronto-socorro poderá atender a mais de oito mil pacientes por mês. Além dos atendimentos de urgência e emergência, o hospital oferecerá exames especializados, como raios-X, tomografia, endoscopia, ultrassonografia, ecocardiografia, ressonância magnética e análises clínicas.
“Esta obra grandiosa que entregamos à população da Serra e de todo o Espírito Santo não é só uma nova unidade de saúde. E o maior e mais moderno hospital do Estado, considerando, inclusive, todas as unidades existentes na rede privada. Uma obra que marca o novo quadro que estamos construindo para a saúde pública em terras capixabas”, destacou o governador Renato Casagrande.
Para o secretário estadual de Saúde, Tadeu Marinho, com a grandiosidade e a complexidade do hospital, os capixabas terão atendimento garantido. “A entrega dessa obra servirá para dignificar o atendimento hospitalar a toda a população do Espírito Santo. Estamos evoluindo ao trazer o pronto-atendimento do Dório Silva para cá”, explica.
Observa-se que na época o então secretário de Casagrande, Tadeu Marinho confirmou que o Governo iria fechar o Pronto Socorro do Dório Silva, já que o do Jayme passaria a ser a referência. O Jornal Tempo Novo reportou o fechamento definitivo do P.S do Dório em maio daquele ano. Atualmente, a Serra não tem mais pronto atendimento hospitalar, causando superlotação nas UPA’s que não conta da enorme demanda por saúde. Em maio, a coluna ‘Histórias da Serra’ irá novamente trazer recortes jornalísticos da época, quando o fechamento do Pronto Socorro do Dório completará 10 anos, ocorrido no 1ª mandato de governador de Casagrande.
Fonte: Arquivo público do Espírito Santo:
Dr. Jayme dos Santos Neves, nasceu em Vitória em 24/08/1909 e faleceu em 06 de novembro de 1998. Formou-se pela Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, em 1932. Atuou especialmente na área de tisiologia e tuberculose, exercendo suas funções em diversas instituições médicas, tais como o Dispensário de Tuberculose de Vitória e o Sanatório Getúlio Vargas, sendo seu fundador, em 1942.
Além da participação em diversos conselhos, comissões e direções em centros de saúde, assim como diretor do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes. Atuou como professor da Universidade Federal do Espírito Santo e pesquisador com vasta publicação de estudos e artigos acadêmicos na área da medicina. Participou de inúmeros congressos nacionais e internacionais, bem como foi convidado para participar de cursos e estudos internacionais no âmbito do controle e combate da tuberculose.
Trouxe para o Espírito Santo o primeiro aparelho de pneumotórax fabricado no mundo, o qual sua fotografia compõe o acervo doado ao APEES. Dr. Jayme, também, foi fundador da Liga Espírito-santense Contra a Tuberculose teve expressiva atuação no combate ao tabagismo. Em seu acervo é possível observar sua atuação na defesa e estudos da vacina BCG, além de ter sido fundador e diretor do Sistema Integrado de Saúde – SIS – Vacinações.
Também foi escritor, tendo publicado os livros: “Cantáridas e outros poemas fesceninos” (1984), “A Outra História da Companhia de Jesus” (1984) e “A Centopéia” (1989), sendo os dois últimos, integrantes do acervo. Toda sua vocação pela pneumologia se evidencia em seu escrito, extraído de seu acervo: “Eis que ao encostar o ouvido nas costas do paciente eu quase que via o seu pulmão”. Enfatiza-se ainda, sua fala em discurso proferido como patrono da sexta turma da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo: “Não basta apenas ser poeta, o que importa é ser poesia. Não basta apenas ser artista, ser médico, ser amante. O que importa é ser a arte, a medicina, o amor. Não basta apenas ser místico, contemplativo, o que importa é ser Deus. Não basta apenas ser homem, meus filhos, o que importa é ser humanidade!”. Também no acervo, em um trecho, é possível verificar seu interesse por futebol.
Cães de raças pequenas geralmente vivem mais do que cães de raças grandes, o que faz com que a idade…
A Coca zero é adoçada com edulcorantes artificiais, como o aspartame e o acessulfame de potássio - usados para manter…
Além dos anfitriões, o grupo Leva Jeito, o público poderá curtir apresentações de Samba Crioulo, Curtição (com participação de R3…
A celebração do Prêmio Mérito Empresarial 2024 ocorrerá no dia 5 de dezembro, às 20 horas, no Steffen Centro de…
Atualmente os vocais da Banda 10 ficam por conta do cantor Jefferson Ferrari. Crédito: Divulgação Com 26 anos de formação,…
A mulher foi presa na Serra após abandonar os cães e um devorar o outro por fome extrema. Crédito: Divulgação…