Na última quinta-feira (05), penúltimo dia do prazo para mudanças partidárias e desincompatibilização de cargos visando à eleição de outubro, o governador Paulo Hartung (MDB) confirmou sua permanência no governo e também no partido. O mercado político aguardava uma posição do govenador, que vinha buscando viabilizar seu nome no cenário nacional e estava cotado para mudar de partido, mas com o ‘fico’ de Hartung, a tendência é pela disputa à reeleição.
Em comunicado público, Hartung disse que refletiu sobre mudar de legenda e desistiu para aguardar uma “profunda mudança do sistema partidário, que terá de vir”. Apesar de o mercado político dar como certa a disputa pela reeleição, o governador preferiu não assumir como certa a candidatura, diz que até julho, tentará indicar um aliado de seu grupo para sucedê-lo e, se isso conseguir unir os partidos que o apoiam, pode não ser candidato.
Porém, a afirmação parece não convencer o meio político, que inclusive aguarda um embate interno no MDB entre Hartung e a senadora Rose de Freitas. Com isso, o partido poderá ter que submeter à apreciação da militância a escolha do seu candidato para o Palácio Anchieta.
Essa semana a senadora divulgou nota, por meio de sua assessoria, na qual informa que recebeu um pedido do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), para que inclua seu nome na convenção para escolha do candidato ao Governo do ES. Isso vai de encontro aos últimos pronunciamentos da senadora à impressa, onde confirma a intenção de ser candidata.
Além de Hartung e Rose, outra liderança política vem tentando viabilizar uma candidatura a governador. Trata-se do ex-governador Renato Casagrande (PSB), que na semana passada anunciou sua pré-candidatura ao Anchieta e fez duras críticas à Hartung.