A segunda edição do Casamento Comunitário da Serra aconteceu na manhã deste sábado (20) no Parque da Cidade. O cartão postal localizado entre os bairros de Parque Residencial Laranjeiras e Valparaíso, recebeu 65 casais para oficializar a união.
Tempo Novo esteve presente na celebração e conversou com a secretária municipal de Direitos Humanos e Políticas Públicas, Lilian Mota. “Buscamos criar um casamento de verdade com tudo que uma noiva procura: fotos, cenário, bolo, tapete vermelho e música”.
Além dos noivos, o evento contou com a presença de 700 convidados, o que para a secretária, contribui para tornar o evento ainda mais especial. “É muito gratificante fazer com que as pessoas realizem sonhos. Isso vai além de promover um direito, mas também trazer dignidade e reconhecimento social”.
Sonho em vê-la de noiva
Os noivos Francisco Salazar e Roseane Santos, que estão 14 anos juntos, contam que às vésperas da comemoração estam muito ansiosos. “O clima é de muito nervosismo. Sinto sempre conheci ele, que era meu vizinho de infância. Hoje resolvemos oficializar”, conta noiva animada.
Com um vestido de noiva tradicional do modelo princesa e buquê de rosas vermelhas, Roseana revelou que por pouco não casou com um modelo mais simples. “Eu não vinha com esse vestido, já tinha escolhido um normal, mas faltando oito dias para o casamento mudei de ideia”.
E, o motivo não poderia ser mais romântico: o noivo realizando o sonho dela em se vestir de noiva. “Era o nosso sonho, então fomos atrás. Foi uma correria para encontrar e precisamos fazer ajustes com uma costureira. Foi um verdadeiro milagre ele ficar pronto a tempo”, destacou a noiva.
Francisco garantiu que um novo capítulo na vida do casal está começando. “Planejo continuar realizando os sonhos dela”, afirmou o noivo.
Azul para um casamento de serenidade e confiança
O casal Gislene Araújo e Gil Douglas também decidiu oficializar a união na cerimônia. “Nos conhecemos trabalhando na mesma empresa e desde então juntos. Já são 11 anos de história”, destacou a noiva.
Fugindo do tradicional, a noiva vestia um macacão azul serenity, combinando com a blusa do noivo. De acessórios, muitas pérolas e um buquê moderno de copos de leite.
A fuga do branco, conforme explicou a noiva foi para combinar com o cabelo levemente grisalho. Já azul foi escolhido para simbolizar as promessas que eles carregam para essa nova fase do relacionamento.
“O azul é a serenidade, é a confiança. Ou seja, tudo que a gente precisa no relacionamento para poder atravessar os momentos difíceis e construir história contínua”, declarou.
Daminha fruto amor do casal
Os pombinhos Emily Lorrainy de Souza e Diogo Batista Anacleto oficializaram o amor também na cerimônia. Após uma vida como amigos, seis anos como casal e uma filha chamada Maria Helena de dois anos, eles contaram que estão muitos animados para dar continuidade a essa história.
“Nosso relacionamento foi bem inesperado, nos conhecemos desde a infância, quando éramos vizinhos e um dia resolvemos tentar”, contou a noiva.
O noivo revelou que apesar de já morarem juntos, a expectativa com a união oficial é permanecer dando continuidade aos princípios da religião. “Esperamos do casamento aquilo que Bíblia diz: daqui até a eternidade”, destacou Diogo.
Casal de motoqueiros sobem ao altar usando o que mais amam
Ediene Carvalho de Souza e Eduardo Henrique esbanjaram paixão e carisma durante toda a cerimônia. Usando jaquetas de couro combinando, o casal de motociclistas contou como se conheceram. “Ele veio de São Paulo fazer uma entrega em Nova Almeida, e quando vi ele rolou um “tchan”. Desde o segundo encontro não nos separamos mais e ele se mudou para cá”, relembrou a noiva.
O noivo contou que o pedido de casamento foi inusitado, após ver uma propaganda na televisão sobre o assunto perguntou se ela aceitava. “Ela topou e as condições eram de que usássemos preto e o colete das nossas viagens juntos”.
Com mais de 20 convidados, todos devidamente trajados com as respectivas jaquetas de motociclistas, o clima era de animação.
O noivo aproveitou para revelar o segredo para manter a chama da paixão acesa. “Nossas viagens de moticicleta acabam nos aproximando, agregando na relação através do contato, das vivências e até mesmo dos abraços durante a viagem”.