Luciano Martins, o homem de 45 anos, encontrado morto em um lixão, na Serra, estaria em um encontro marcado por aplicativo quando foi assassinado. O instrumentador cirúrgico havia desaparecido no sábado (22) e só foi localizado após um amigo rastrear a posição de seu celular.
Natural de Minas Gerais, Luciano se mudou para o Espírito Santo em busca de uma vida nova. Ele deixa dois filhos, de 21 e 16 anos. Dois anos atrás, um acidente de moto resultou em mobilidade reduzida, tornando-o pensionista.
Luciano teve dois casamentos: dez anos com uma mulher, com quem teve os filhos, e outros dez anos com um homem. Recentemente, ele estava solteiro e costumava marcar encontros por aplicativos de namoro.
Segundo uma fonte próxima, Luciano morava com a sobrinha, que teria ouvido ele chegar em casa com outra pessoa na noite de seu desaparecimento.
A sobrinha, ao acordar, encontrou a casa revirada e notou a falta de alguns itens. Com o auxílio de amigos, ela registrou o desaparecimento na Delegacia Regional da Serra. Os amigos de Luciano rastrearam a última localização do celular dele através do e-mail e notaram movimentações em suas contas bancárias.
O corpo de Luciano foi levado ao Departamento Médico Legal de Vitória (DML) e liberado na manhã de segunda-feira (24). O velório e enterro ocorrerão em Ipatinga (MG), onde reside sua família.
Os amigos acreditam que Luciano tenha sido vítima de uma emboscada durante um encontro marcado pelo aplicativo.
A Polícia Civil informou, ao Jornal Tempo Novo, que investiga a motivação do assassinato. Por nota, a corporação informou que, até a publicação desta matéria, nenhum suspeito havia sido detido.
A Polícia Civil destacou ainda que informações podem ser compartilhadas de forma sigilosa por meio do Disque-denúncia (181), linha de contato gratuita, disponível em todos os municípios do Estado.
“As informações passadas pela comunidade podem ser cruciais para o avanço das investigações. A população também pode contribuir com as investigações pelo Disque-denúncia (181). A ligação é gratuita e as informações repassadas à polícia são sigilosas”, diz o texto da nota da Polícia Civil.
