Mal saiu a notícia do falecimento do ator mexicano Roberto Bolaños, criador dos personagens Chaves e Chapolin, para os comunistas ridicularizem o luto. Vídeos com o ator fazendo campanha pela vida e contra o aborto começaram a se espalhar com o objeto de rotular o ator como machista.
Até um jornal de grande circulação em São Paulo publicou textos humilhando o ator, alegando que o programa Chaves é de um humor com “roteiros estúpidos”, e que a história do pobre menino que morava em um barril criticava o sistema capitalista explorador porque um “burguês”, o Seu Barriga, sempre cobrava o aluguel do pobre Seu Madruga. Para descontrair, recordo que o Seu Madruga sempre teve dinheiro para suas viagens para Acapulco com toda a turma da vila, mas não para o aluguel.
O pior é que muitas pessoas caem neste discurso que tem como único objetivo fazer uma lavagem cerebral e separar a população entre os que apoiam o governo e os que são “traidores”.
Estamos criando um novo padrão de “politicamente correto”, no caso, é aquele que ignora a inflação, ignora a desvalorização da nossa moeda, ignora os milhões de mortos nas ditaduras e despreza nossos vizinhos que sofrem na Venezuela e em Cuba e defende fielmente a ideologia comunista.
O fato é que não se respeita mais nada, nem o luto. Afinal, gostando ou não do programa, são milhões de crianças beneficiadas com um humor simples, sem palavrões, sem nudez. Por isso eu vou continuar torcendo para que as reprises sejam eternas. Uma viúva chora o luto, mas para muitos é mais importante passar por cima do respeito e aproveitar para fazer publicidade política.
Mais triste do que a morte de Roberto Bolaños é saber que o comunismo ainda tem seguidores fanáticos e determinados, e são muitos. Será que é “sem querer querendo” que este discurso se espalha no Brasil?