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Incêndio no Mestre Álvaro está controlado, diz Governo

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O helicóptero com a bolsa d'água passou a ser usado no domingo (15), três dias após o início do incêndio. Foto: Edson Reis
O helicóptero com a bolsa d’água passou a ser usado no domingo (15), três dias após o início do incêndio. Foto: Edson Reis

Bruno Lyra

Depois de muita luta do Corpo de Bombeiros e também de ativistas serranos voluntários, o incêndio na mata Atlântica do Mestre Álvaro foi controlado nesta quarta – feira (18). Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), mesmo após constatado que não havia mais labaredas, os militares permaneceram no local monitorando a situação já que ainda existia troncos em brasa, o que poderia fazer o fogo voltar.

A Sesp disse que ainda está sendo calculada a área atingida e assim que tiver esse número divulgará. O incêndio começou no final da tarde da última quinta – feira (12) e atingiu áreas de floresta e vegetação rupestre (sobre rochas) próximo a substação de Furnas, entre Jardim Tropical e o Terminal Industrial Multimodal da Serra (TIMS). Testemunhas disseram que um raio caiu no local e teria provocado o incêndio.

Após quase dois dias de incêndio, já no último sábado (14), ambientalistas Rodrigo Roger do Grupo de Proteção Ambiental Mestre Álvaro (GPAMA) e Edson Reis do Grupo de Artes Mestre Álvaro (Gama) criticaram publicamente a demora para iniciar o combate às chamas. O fato foi noticiado pelo portal do Jornal Tempo Novo na internet no mesmo dia.

“Junto com outros voluntários, começamos a combater o fogo na noite daquela quinta-feira (12) e fomos até 2h da sexta (13). Nós ligávamos para o Ciodes, mas houve lentidão na resposta. Só no domingo (14) os bombeiros subiram até o local do incêndio e o helicóptero com a bolsa d’água passou a ser usado. E esses esforços foram decisivos para o controle, mas ainda há risco do fogo voltar”, alerta Rodrigo Roger.

Os Bombeiros enfrentaram terreno acidentado, vento e calor forte para combater as chamas. Foto: Edson Reis
Os Bombeiros enfrentaram terreno acidentado, vento e calor forte para combater as chamas. Foto: Edson Reis

Já a Sesp disse que o helicóptero não foi utilizado antes por conta das más condições do tempo. E ressaltou o esforço dos homens do Corpo de Bombeiros envolvidos no combate, cerca de 15 bombeiros a cada empreitada. “Caminhada de cerca de duas horas, da base da operação até o local do incêndio, por vias com enorme inclinação e irregularidades;    Vegetação muito seca; Temperaturas elevadas e fumaça, por causa das chamas;  Impossibilidade do emprego de viaturas de combate a incêndio, exigindo o combate direto com uso de abafadores, facões e bombas costais;   Ventos fortes e   outros”, enumerou a Sesp, através da assessoria de imprensa.

A Secretaria disse ainda que durante as operações foi empregado um efetivo médio de 15 homens, um helicóptero do NOTAer (Núcleo de Operações e Transporte Aéreo), 01 caminhão auto tanque, um caminhão auto-bomba-tanque, duas pick-ups médias, uma viatura de atendimento pré-hospitalar, entre outros materiais e equipamentos. E ressaltou também a colaboração da equipe de voluntários. “Além do uso de abafadores, bombas costais e facão, a realização de aceiros foi crucial para contenção do incêndio e sua extinção”, concluiu a assessoria.

Força voluntária

Edson Reis, Tales Souza, Rodrigo Roger, Bismarck Jardineiro, Júnior Nass e Jhony Souza: ativistas serranos que voluntariamente se arriscaram para salvar a floresta do Mestre Álvaro. Foto: Reprodução Facebook
Edson Reis, Tales Souza, Rodrigo Roger, Bismarck Jardineiro, Júnior Nass e Jhony Souza: parte dos ativistas serranos voluntários que encararam o fogo. Foto: Reprodução Facebook

Do Gama, o ativista Edson Reis destacou a garra dos voluntários que enfrentaram, junto com os Bombeiros, os riscos de ajudar a apagar o fogo, mesmo sem treinamento e equipamentos apropriados.

São eles, além do próprio Roger e Edson, Júnior Nass, Bismarck Jardineiro, Patrick Martins, Jhony Souza, Aloil Anchesqui, Rafael Apelfeler, Rodolfo Nascimento, Tales Souza, Orlando Magnano, Santana, Luciano Andrade e Jean Daviva. Os voluntários trabalharam todos os dias, inclusive no fim de semana.

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