Ao analisar os dados mais atuais – maio e junho – das pesquisas mensurando índices de confiança do empresariado no Brasil e no Espírito Santo, podemos apontar algumas tendências gerais.
O Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios do Brasil – IC PMN, elaborado pelo Centro de Pesquisas em Estratégia do INSPER e divulgado no início de junho/16 em parceria com o Banco Santander, mostra que houve uma retração de 0,4% da confiança em relação ao primeiro trimestre deste ano. O dado apurado apresentou um índice de 58,5%. Regionalmente, o norte do país obteve o percentual de 64,2% e os empresários do setor de serviços, com 60,3%, demonstraram maior confiança na economia do país.
Já a pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), realizada pelo SESI/SENAI do ES, nos mostra um cenário alternativo. Há de se considerar que o público-alvo foi diferente em relação à pesquisa nacional, já que no Espírito Santo foram entrevistados apenas empresários do setor indústria e englobou pequenas, médias e grandes empresas. Os dados mais atuais, apurados em maio, exibiram um aumento considerável do otimismo dos empresários do setor. Em relação ao mês de abril de 2016, tivemos um acréscimo de 5,1 pontos – maior incremento mensal desde o início da pesquisa, em 2010. O índice chegou a 41,6% – ainda abaixo da média, que é de 45,3%. Também foi perguntado sobre a expectativa para os próximos 6 meses acerca da economia brasileira e os empresários da indústria de construção apresentaram percentuais médios de 10% menores em relação aos empresários da indústria de extração e transformação. Essa segmentação dos dados indica que o setor imobiliário do ES vê dificuldades maiores para o futuro próximo, em relação a outros ramos industriais.
As pesquisas de confiança apontam tendências do mercado, mas há de se ressaltar sua volatilidade. Contudo, quanto mais dúvidas em determinado setor, menor é a sua capacidade de atrair investimentos.