Bruno Lyra
O colapso na segurança pública do Estado atingiu em cheio o coração econômico da mais industrializada cidade do Espírito Santo. Cerca de 80% das indústrias da Serra estão com as atividades totalmente paralisadas desde às 12h de segunda-feira (06) e o restante funciona com dificuldade. O prejuízo é de R$ 10 milhões por dia no município, o que deixa de gerar R$ 700 mil em impostos diários para a Prefeitura.
As informações são do vice presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) na Serra, José Carlos Zanotelli. A recomendação da entidade é que os empresários só retomem as atividades quando a situação de segurança estiver normalizada.
“Só estão funcionando as indústrias maiores que tem estrutura privada de segurança. Mesmo assim com dificuldade, pois nem todos os funcionários conseguiram chegar ao trabalho. Até mesmo as empresas que possuem transporte próprio enfrentam problemas, pois não podem pegar funcionários de casa em casa, mas em pontos específicos onde as pessoas não estão tendo segurança par ficar”, explica Zanotelli.
De acordo com o vice – presidente, o problema se estende as demais cidades da Grande Vitória, porém atinge mais a Serra por ser o município com maior quantidade de indústrias. Já no interior não há registro de prejuízo a atividade industrial, diferente do que ocorre com o comércio.
Zanotelli acrescentou que até as gigantes do complexo de Tubarão, Vale e ArcelorMittal, estão sendo impactadas. “As usinas não pararam, mas há dificuldade para a chegada de funcionários, inclusive das empreiteiras”, revela.
Por volta das 12h desta terça-feira (07), o vice presidente revelou que há expectativa de retorno da produção nas indústrias já amanhã (quarta-feira, 08) ou até quinta-feira (09), dependendo do evolução da sensação de segurança que a presença dos cerca de 1,2 mil homens da Força Nacional e Exército poderá proporcionar.