Por Thiago Albuquerque
Quem mora em Laranjeiras, próximo ao hospital Dório Silva tem que conviver constantemente com o medo. A região é alvo fácil de assaltantes que atacam principalmente a noite, alunos e funcionários de uma faculdade que fica instalada no local e ainda as pessoas que estão no ponto de ônibus, além de moradores de condomínios que fazem atividades físicas nas ruas Chopin e da Aldeia.
Aluno e funcionário da Faculdade Doctum e goleiro da Seleção Brasileira de futebol de areia, Jenilsom Rodrigues, o Mão, é uma das pessoas que passam na região e que sofre com a falta de segurança. “Frequentemente somos coagidos pelos assaltantes no ponto de ônibus. Já solicitamos mais policiamento, à tarde até passa às vezes, só que o que preocupa é a noite. As pessoas são assaltadas e o medo toma conta de quem passa pela rua”, relata.
Para Juana Poleze, ex-moradora de um condomínio da região, mudar de cidade foi uma alternativa. “Eu sempre tive o costume de passar naquela rua perto do Dório Silva, tanto de bicicleta quanto a pé. E já fui assaltada perto do Hospital Jaime Santos, o que me deixou traumatiza. Como estava acontecendo vários assaltos na saída do condomínio comecei a ficar inibida e com medo. Foi então que minha mãe achou prudente uma mudança”, conta Juana que saiu do condomínio Aldeia das Laranjeiras e foi para a Praia do Canto.
Já o morador de Valparaíso, Walker Silva conta que já passou um grande problema na descida do ponto de ônibus do Dório Silva. “Eu estava indo visitar um amigo de bicicleta no condomínio de casas ali na região. Fui abordado quando passei no ponto de ônibus. Colocaram uma arma na minha cabeça e levaram minha bicicleta, celular, carteira e até meu chinelo”, detalha ele.
O comando da 2ª Companhia da Polícia Militar informou que está à disposição dos moradores e comerciantes para conversar sobre o policiamento na região. Firmando a importância que a comunidade, através da sua liderança comunitária, estreite relacionamento com a Polícia Militar e também verifique as situações que não se apresentam na análise dos dados estatísticos.
Denúncias podem ser repassadas pela população à polícia pelo telefone 181. O sigilo e o anonimato são garantidos.