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Invasão avança na APA Jacuném perto de Colina de Laranjeiras

Área invadida fica entre o prédio da Justiça Federal e o trevo de Colina de Laranjeiras. Foto: Divulgação

Uma invasão escondida em meio à mata e protegida por um fundo de vale cresce silenciosamente na margem da Avenida Norte Sul, nos fundos do prédio da Justiça Federal, entre Laranjeiras, Colina de Laranjeiras e o Civit II. A invasão, que está na Área de Proteção Ambiental (APA) da Lagoa Jacuném, remonta há mais de 30 anos. Começou como chácara e hoje conta com seis casas e com perspectiva de aumentar, segundo um morador que reside nas proximidades e que por questão de segurança não quis se identificar.

A invasão fica localizada na margem direita da rodovia Norte Sul, sentido Laranjeiras a Barcelona, entre o prédio da Justiça Federal e o Posto Colina. Apesar do tempo da invasão, só agora é que começa a ser percebida, uma vez que ela é protegida por uma cerca verde. Segundo o morador, no local não há água tratada e sim de poço artesiano, mas conta com energia elétrica fornecida pela EDP Escelsa, que já foi autuada pela fiscalização ambiental da Serra. O esgotamento sanitário das casas é canalizado para pequenos cursos d’água que vão para a lagoa Jacuném.

Segundo a fonte ouvida pela reportagem, lá dentro são glebas razoavelmente grandes, com casas de padrão médio para baixo e não são famílias pobres não e todos têm seu carro. Ele disse ainda que a vegetação nativa foi dando lugar a culturas como banana, cocos, caju, mandioca, manga, produção de mel, entre outras.

Essa fonte disse ainda que o local foi sendo ‘loteado’ por um pastor, que dá recibo de compra e venda, sem nenhuma legalidade. Ele afirmou ainda que a comercialização de áreas no local continua, de forma discreta.

Próximo a invasão, há nascentes que deságuam na Jacuném, que por sua vez, forma a bacia hidrográfica do Rio Jacaraípe. A área é remanescente do polo industrial Civit II e pertence ao Município.

Imóvel demolido e multa de R$ 60 mil à EDP

Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura da Serra disse que a Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente (Semma) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) já fez diversas ações no local, autuou duas pessoas e realizou demolição de construção irregular. As autuações estão em julgamento.

A assessoria informou também que a EDP foi multada em R$ 60 mil por fazer ligações de energia no local e que a empresa recorreu da multa, que está em fase de julgamento pelo Condemas (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente).

Já a EDP, também através da assessoria de imprensa, se limitou a dizer que “o processo administrativo ainda está tramitando”.   

Redação Jornal Tempo Novo

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