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Janeiro Branco: 10 mitos e verdades sobre saúde mental

Janeiro é o mês de conscientização a respeito da saúde mental/ Crédito: Banco de Imagem Freepik

O primeiro mês do ano é marcado pela campanha Janeiro Branco, dedicada à conscientização sobre a saúde mental. A psicanalista Rachel Poubel lista 10 mitos e verdades para desmistificar o tema, destacando a importância do cuidado emocional em uma sociedade acelerada e conectada.

O objetivo é combater os preconceitos que ainda dificultam a busca por ajuda e a compreensão dos transtornos mentais. Confira os principais mitos e verdades a seguir:

1. Ansiedade é apenas uma preocupação normal, todo mundo tem?

Mito! A ansiedade não é apenas uma preocupação passageira, é um mecanismo da mente que todas as pessoas possuem. Enquanto a ansiedade normal ajuda a manter a motivação e o foco no futuro, o transtorno de ansiedade é caracterizado por uma preocupação excessiva e constante, que impede a ação no presente e pode levar a problemas sérios.

2. A depressão é sempre causada por um evento traumático?

Mito! A depressão pode ser causada por diversos fatores, incluindo fatores biológicos, hábitos de vida, e experiências cotidianas. Ela não depende exclusivamente de um evento traumático, mas sim de uma combinação de fatores emocionais, psicológicos e sociais. Reconhecer sinais como tristeza persistente e sentimentos de melancolia é essencial para buscar tratamento precoce.

3. Falar sobre suicídio incentiva as pessoas a tirarem a própria vida?

Verdade! Falar sobre suicídio de forma responsável pode ajudar a salvar vidas. Muitas vezes, as pessoas que consideram o suicídio buscam uma forma de expressar sua dor, e discutir o assunto com cuidado pode ajudar essas pessoas a se sentirem ouvidas e compreendidas, prevenindo tragédias.

4. As mulheres sofrem mais com problemas emocionais que os homens?

Mito! Existe uma crença social de que as mulheres são mais vulneráveis a problemas emocionais. No entanto, estudos mostram que os homens também enfrentam problemas emocionais graves, mas têm mais dificuldade em buscar ajuda devido a estigmas de “fragilidade”. Por isso, os homens têm uma taxa de suicídio mais alta, o que ressalta a importância de quebrar tabus sobre saúde mental.

5. Somente pessoas fracas procuram terapia?

Mito! Procurar terapia é um sinal de força, não de fraqueza. A terapia ajuda a trabalhar as vulnerabilidades emocionais, tornando as pessoas mais resilientes e preparadas para enfrentar os desafios da vida. Cuidar da saúde emocional é essencial para o bem-estar geral.

6. Quem tem transtornos mentais não pode trabalhar ou ter uma vida normal?

Mito! Pessoas com transtornos mentais podem ter uma vida plena e produtiva. A autonomia e a capacidade de tomar decisões continuam intactas, e é fundamental que a sociedade apoie essas pessoas para que possam trabalhar, se casar e viver de forma plena.

7. Distúrbios mentais são sempre hereditários e inevitáveis?

Mito! Nem todos os distúrbios mentais são hereditários. Alguns podem ser prevenidos através de hábitos de vida saudáveis, autocuidado e tratamento psicológico precoce. Buscar ajuda desde os primeiros sinais pode evitar que problemas emocionais evoluam para transtornos graves.

8. Atividades físicas podem substituir a terapia?

Mito! Embora a atividade física seja benéfica para a saúde mental, ela não substitui a terapia. A combinação de terapia profissional com exercícios físicos, alimentação equilibrada e sono de qualidade é o caminho para um tratamento eficaz dos transtornos emocionais.

9. Adolescentes que passam muito tempo ao celular têm mais chances de desenvolver problemas emocionais?

Verdade! O uso excessivo de celulares e redes sociais pode afetar a saúde emocional, principalmente entre os adolescentes. A comparação constante com outras pessoas nas redes sociais pode gerar sentimentos de inadequação e contribuir para o desenvolvimento de transtornos emocionais, como ansiedade e depressão.

10. É possível se ‘curar’ completamente de um transtorno mental?

Mito! O tratamento de transtornos mentais não visa a cura, mas sim a gestão e o equilíbrio da saúde emocional. É importante adotar uma rotina de cuidados contínuos e manter hábitos saudáveis para prevenir recaídas e manter o bem-estar a longo prazo.

Jady Oliveira

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