O sonho do heptacampeonato capixaba de futebol do Serra F.C foi adiado para 2024 após a derrota por 1 a 0 contra o Real Noroeste em partida válida pelo segundo jogo das quartas de final. Porém, o sentimento amargo da derrota não teve muito espaço na mente dos jogadores e da diretoria do time pois a revolta principal ficou por conta do desamparo médico da Federação de Futebol do Espírito Santo (FES) e da equipe adversária após um atleta do Serra sofrer um corte profundo na cabeça.
O jogo ocorreu na última sexta-feira (24) em Águia Branca, no Estádio José Olímpio da Rocha, casa do Real Noroeste.
Apesar de entrar em campo com a vantagem de jogar pelo empate, o Serra F.C não conseguiu segurar o resultado e aos 13 minutos o Real Noroeste marcou o único gol da partida com o atacante Piauí. O foco porém dos jogadores do Serra e da direção do time ficou dividido com o ocorrido com o atleta Leandro Silva Barbosa Raimundo, que sofreu um corte profundo na cabeça e não teve amparo e cuidados médicos no local, sendo necessário que o jogador fosse direcionado ao hospital pelo time tricolor.
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Por meio de nota publicada no Instagram oficial da equipe o time serrano expôs o caso, ressaltando ainda a negligência do time da casa que, segundo a diretoria do Serra F.C, não ofereceu amparo médico.
“O Serra Futebol Clube repudia, veementemente, as atitudes da Federação de Futebol do Espírito Santo e do Real Noroeste Futebol Clube. Após a partida, o atleta Leandro Silva Barbosa Raimundo necessitou de cuidados médicos por um corte profundo na cabeça durante a partida e nenhum representante da entidade estava presente no estádio para prestar o encaminhamento do que devia ser feito. O jogador precisou ir ao hospital para receber pontos no local, e o clube adversário, mandante do jogo, também não ofertou nenhuma ambulância. Sendo assim, coube a diretoria do Serra proporcionar o socorro e se dirigir com o atleta ao hospital. Além disso, um lance de agressão, sem bola, no atleta Antônio Júnior, dentro da área e o trio de arbitragem se omitiu em marcar algo. O futebol é um esporte, sobretudo, feito por pessoas. Todos os fatos relatados aqui, estão provados na sequência do post. Basta arrastar para o lado.”, disse a equipe do Serra F.C por meio de nota.
Em conversa exclusiva com o Tempo Novo, o vice-presidente do Serra F.C, José Alves Rodrigues, também conhecido como Zezinho, ainda denunciou irregularidades na arbitragem da partida.
“Foram duas situações em que fomos prejudicados. O primeiro foi o pênalti não marcado, no qual um dos nossos jogadores sofreu uma agressão dentro da área e o juiz não marcou a penalidade. A segunda situação foi quando um jogador do Real Noroeste, em uma ação da partida, jogou nosso atleta para fora de campo, que acabou caindo em cima da câmera de filmagem, ocasionando com a lente um corte na cabeça. E mesmo com o corte profundo, o Real Noroeste negou os cuidados de primeiros socorros no local, e o atleta teve que ser deslocado para o hospital através de um carro particular”, disse Zezinho.
Após ter conhecimento do caso, a Federação de Futebol do Espírito Santo explicou que no local havia a presença de um médico, 2 ambulâncias e enfermeiras. Além disso, a federação relatou que não recebeu nenhuma notificação sobre a necessidade de atendimento no local.
“Em resposta à publicação na página oficial do Serra Futebol Clube, a Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo vem a público esclarecer que desconhece qualquer solicitação de atendimento médico durante o jogo contra a equipe do Real Noroeste na última sexta-feira (23), em Águia Branca. Informa ainda que toda equipe responsável pela partida estava disponível no local antes, durante e cerca de quarenta minutos após o término do evento, período em que a arbitragem finalizava a súmula. Em nenhum dos momentos mencionados, a Federação foi acionada por representantes da comissão técnica ou diretoria do clube relatando a necessidade de atendimento ao atleta. Faz-se necessário esclarecer também que, como de praxe, a partida contava com policiais (neste caso 33), médico, duas ambulâncias, enfermeiras, equipe de arbitragem, além do quadro móvel da FES, disponível para possível necessidade de atendimento. A Federação ressalta que qualquer ocorrência, principalmente quando se refere a atendimento médico, deve ser informada imediatamente à equipe de arbitragem e/ou delegado da partida, o que é de conhecimento de todos os filiados” disse a FES.
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