A Justiça do Trabalho determinou o fim da paralisação dos rodoviários que deixa os capixabas sem ônibus do Transcol desde as 3 horas da madrugada desta segunda-feira (8). Na decisão, ficou determinada a volta imediata da circulação dos coletivos ao custo de multa no valor de R$ 100 mil, que será aplicada no Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários) em caso de descumprimento.
Apesar da decisão judicial, os ônibus não haviam voltado a circular na Serra e em outras cidades da Grande Vitória até a publicação desta matéria. O desembargador federal do Trabalho, Gerson Fernando da Sylveira Novais, determinou Sindirodoviários-ES “se abstenha de impedir o acesso regular dos empregados (das empresas) às garagens, bem como qualquer medida que gere obstáculos aos empregados de ingresso nas dependências da sede para exercerem seu trabalho”.
Conforme informado pelo TEMPO NOVO, o movimento, que causa a paralisação da circulação dos coletivos, pede que os os cobradores – que estão afastados desde maio de 2020 – voltem ao trabalho.
Segundo os manifestantes, o movimento é idêntico ao realizado no início deste ano e pede a volta dos cobradores aos coletivos. “Os cobradores precisam voltar as roletas do Transcol. Estamos há muitos meses afastados e o governo impede nossa volta”, relatou um dos rodoviários.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) disse que a expectativa é de que a decisão seja cumprida e que, aos poucos, todo o sistema volte a operar normalmente.
“Reforçamos que a categoria (dos cobradores) continua afastada, mas recebendo integralmente salários e benefícios. A suspensão da atividade do cobrador no interior dos coletivos é uma orientação da Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) como parte das medidas de enfrentamento ao coronavírus”, informou a GVBus.