O prazo dado pelo Juiz Federal RODRIGO REIFF BOTELHO para que a Samarco (Vale + BHP Billiton) montasse um plano emergencial e o implementasse imediatamente para impedir que a lama dos rejeitos da extração de minério derramados no rio Doce chegassem ao mar terminou ontem (19) às 19h e 55, logo após o fechamento desta edição.
A medida foi pedida pelo Ministério Público Federal que atendeu uma solicitação da Procuradoria do Estado, informou a assessoria de comunicação do Governo do ES. A decisão do Juiz também intima o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Ibama e os municípios da Serra, Vitória, Fundão, Aracruz, Linhares, São Mateus, Fundão e Anchieta a fiscalizar o plano e as ações.
Em nota a Samarco disse que recebeu a notificação judicial e iria analisar o caso. Mas ontem (19) já colocava barreiras na foz do rio em Regência, Linhares, litoral norte do ES. Mas a ação não era para impedir a lama de cair no mar e sim evitar que atingisse de maneira direta as margens e áreas de reprodução das tartarugas, conforme informou a presidente da Associação de Moradores de Regência, Helenita de Souza.
A assessoria da Samarco explicou que além das barreiras, a empresa está resgatando peixes do rio, principalmente as espécies mais raras e típicas da bacia, para depois repovoar o Doce.
E ainda ontem (19) foi tornada pública a informação de que o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, conseguiu um habeas corpus preventivo no último sábado (14) que teria sido dada pela Justiça do ES, segundo informação divulgada pela revista Época.