Você já deve ter passado por um local que costuma ser um ponto de lixo, cheio de móveis, cadeiras, todo tipo de resíduo, incluindo animais domésticos mortos. Dias depois o local estava limpo, mas não durou muito tempo até que estivesse cheio, imundo de novo, muitas vezes mais sujo que antes.
Essa situação é comum na Serra, cidade que tem mais de 700 pontos clandestinos de lixo
espalhados por vias públicas, terrenos baldios e áreas verdes. Neste momento, provavelmente mais pontos estão sendo criados. O critério é: preciso liberar meu lixo e vou jogar por aqui mesmo. O mais triste é que as pessoas que criam este cenário urbano de feiura e poluição são os próprios moradores.
Sendo a Serra um município com coleta regular de lixo, o que justifica essa atitude?
Você pode pensar que está jogando o lixo fora, mas na verdade está trazendo a sujeira para convívio de todos.
São tantos os problemas causados por essa atitude, que vão da poluição do solo e água, ao entupimento da drenagem e córregos piorando enchentes, à proliferação de ratos, baratas, mosquitos e outros animais transmissores de doenças.
Um dos casos mais dramáticos é o da dengue, doença que foi propagada justamente porque foi fácil instalar-se em cidades poluídas. O mosquito encontrou um verdadeiro viveiro, já que não foi difícil encontrar pontos abandonados com água.
Problema que, como outros citados, tem consequências que visitam a nossa casa. Infelizmente muitos não nos lembramos da causa de tamanha desgraça, não relacionamos as ações inconsequentes que adotamos a cada dia com o que acontece em nossas vidas.
Não existe “aqui dentro” e “lá fora”, não estamos separados, tudo o que você entrega retorna para você, e isto não é misticismo, é o óbvio.
No momento, nós humanos desenvolvemos um estilo de vida que é dedicado à destruição do planeta e de nós mesmos. Será que merecemos o planeta em que vivemos e tudo o que a terra generosamente oferece? E vai oferecer até quando, já que estamos destruindo cada parte da nossa casa?