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Lama da Samarco segue descendo para o mar do ES

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Com as chuvas um volume maior de lama pode voltar a atingir o ES e até o litoral da Serra, como aconteceu nas semanas após o rompimento das barragens em  Minas. Foto: Divulgação Agência Brasil
Com as chuvas um volume maior de lama pode voltar a atingir o ES e até o litoral da Serra, como aconteceu nas semanas após o rompimento das barragens em Minas. Foto: Divulgação Agência Brasil

Clarice Poltronieri

Sábado (5) completa um ano do maior desastre/crime ambiental da história do Brasil: o rompimento das barragens de rejeitos da extração de minério de ferro da Samarco (Vale+BHP Billiton). E até hoje o vazamento da lama não foi totalmente estancado. Pelo contrário, com a chegada das chuvas pode voltar a cair em grande quantidade no leito do rio Doce e se espalhar com intensidade no litoral capixaba, chegando até mesmo à costa da Serra, como já havia acontecido nos primeiros meses subsequentes ao rompimento.

Segundo o Coordenador Geral de Autorização de Uso da Flora e Floresta do Ibama, André Sócrates, a expectativa sobre o estancamento do vazamento de lama não é animadora. “Os diques só ficarão prontos em 2017. As obras das margens para segurar os rejeitos deveriam estar prontas antes do período chuvoso. O primeiro prazo dado foi para 1º de setembro, agora estendemos para 15 de novembro. Mas os prazos não têm sido cumpridos pela empresa. No dia 16 estaremos em campo para verificar se foi atendido ou não”, afirma.

Ele ainda critica as ações da Samarco na técnica usada para mitigação dos impactos, que estariam em desacordo com as orientações do órgão. “Hoje a retirada dos rejeitos ocorre basicamente em Barra Longa e em Candonga, na hidrelétrica de Risoleta Neves. No trecho inteiro do rio a empresa tem tido uma postura de incorporação de solo para recuperação das áreas que foram impactadas, mas esta não é a técnica que os órgãos ambientais defendem. Para nós a premissa básica é de retirada total dos rejeitos”, explica.

O relatório divulgado no mês de agosto pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) aponta que a água do rio Doce não está própria para consumo humano e de animais, mesmo após tratamento avançado. O mesmo vale para a prática de esportes aquáticos; irrigação de frutas e hortaliças que sejam consumidas cruas ou locais onde haja contato humano, como jardins e parques; bem como a preservação da flora e fauna do rio.

Obra de dique começou em setembro

Mesmo com a constatação de impropriedade na água, o Doce continua como fonte de abastecimento de água da cidade capixaba de Colatina. Já a pesca, segue proibida no rio e nas áreas marinhas próximas à foz, que fica entre as localidades de Regência e Povoação em Linhares, norte do ES. A venda e distribuição de peixes da região estão proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Análises feitas pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), UFES, FURG e UERJ apontaram a presença de metais pesados em quantidade acima dos limites legais em peixes e camarões que vivem no mar próximo à foz do Doce, que antes do desastre era um dos mais importantes viveiros de reprodução marinha do Atlântico Sul, conforme informou na época do derramamento, o cientista e ambientalista capixaba André Ruschi, morto em abril deste ano.

André era filho e herdeiro intelectual de Augusto Ruschi, patrono nacional da ecologia e referência mundial na luta pela preservação ambiental.
A assessoria de imprensa da Samarco informou que dos 32,2 milhões de m³ de rejeitos derramados da barragem, só 500 mil m³ foram removidos do leito do rio. A previsão é que até julho de 2017 sejam retirados um total de 1,3 milhões de m³. Disse ainda que o principal dique para contenção da lama teve as obras iniciadas no último dia 22 de setembro, mas não deu prazo para conclusão do mesmo.

A assessoria da mineradora afirma ainda que outros dois diques construídos para a primeira temporada de chuvas estão prontos, já com a capacidade atingida e que um terceiro está sendo ampliado.

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