Por Ayanne Karoline
Um novo capítulo do acidente com as barragens da Samarco (Vale + BLP Billiton) começou nesta quinta-feira (12). Isso porque um laudo emitido pelo Serviço Autônomo de Água Esgoto (Saae) de Baixo Guandu, apontou a presença de metais pesados em concentração acima do aceitável, como mercúrio, alumínio, ferro, chumbo, boro, bário, arsênio, cobre e outros.
A amostra foi coletada no centro de Governador Valadares em Minas Gerais, onde há uma lama mais pesada, segundo informação da assessoria de imprensa da Prefeitura de Baixo Guandu. Por enquanto apenas uma água mais turva chegou ao ES e o abastecimento das cidades capixabas ainda não foi suspenso. A lama densa deve chegar a Baixo Guandu nesta sexta (13), sábado (14) em Colatina e domingo (15) em Linhares.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Samarco informou que desconhece o laudo técnico mencionado (Baixo Guandu). A empresa reforça que o rejeito é classificado como material inerte e não perigoso, conforme norma brasileira de código NBR 10004-04, o que significa que não apresenta riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Proveniente do processo de beneficiamento do minério de ferro, o rejeito é composto basicamente de água, partículas de óxidos de ferro e sílica (quartzo).
Até o início da noite de ontem (12) o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) ainda não havia se pronunciado sobre o laudo.