Por Conceição Nascimento
Após uma disputa apertada contra o PT, nas eleições pela Presidência da República em 2014, lideranças do PSDB trabalham no fortalecimento do partido visando as eleições de 2016 e 2018. No primeiro pleito, estão em disputa os cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Na corrida de 2018, presidente da República, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
O presidente estadual da legenda, Jarbas Ribeiro, avaliou a disputa eleitoral de 2014, quando o candidato tucano, Aécio Neves, deu trabalho para os petistas, quando a candidata Dilma Rousseff (PT) recebeu 51,64% dos votos válidos, contra 48,36% de Neves. No Espírito Santo, Aécio saiu vitorioso, obtendo 53,85% dos votos contra 46,15% de Dilma.
Sobre o processo eleitoral e o resultado das urnas, Ribeiro informou que a Executiva nacional do partido se reuniu para avaliar os motivos que levaram à derrota no segundo turno em 2014.
“Desse encontro saíram várias diretrizes. A primeira questão levantada é de que precisamos mudar se quisermos vencer as eleições em 2018. No Estado temos como foco as eleições de 2018, quando devemos apresentar um candidato forte pra enfrentar o PT. Vai ser uma disputa vital para o Brasil e de partidos que têm concepções diferentes sobre como fazer a gestão do país.”
Segundo Jarbas, o PSDB está promovendo mudanças nas direções municipais, realizando convenções municipais. “Fizemos mudanças em algumas cidades, e a próxima está marcada para o dia 18 (segunda-feira). As alterações têm como objetivo alcançar uma inserção popular maior, chegando às classes menos favorecidas, com os movimentos sociais organizados para fugir da visão de ‘conversar com elites’, como sempre foi dito”, observou o presidente.
De acordo com o presidente, a Serra virou prioridade para a legenda, pois desde a gestão do ex-prefeito João Baptista Motta não existe o PSDB no município, que tem aproximadamente 300 mil eleitores. “Os projetos que existem na Serra atualmente são pequenos, para eleição de um vereador. Queremos criar lideranças, atrair pessoas. Se o vereador Alexandre Xambinho quiser, temos espaço para ele no partido, pois tem perfil para o PSDB. Se o Vandinho quiser vir, ele precisa se adequar; ele pode vir como pré-candidato a prefeito, mas vai ter que construir com o partido; não virá para o partido como o candidato”, avaliou.
Já o presidente municipal do partido, José Carlos Buffon, avaliou a filiação de duas lideranças da Serra, a ex-prefeita Madalena Santana e o diretor presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), ambos ligados ao deputado federal e ex-prefeito da cidade, Sérgio Vidigal (PDT).
“Neste momento se ficarmos preocupados com isso não vamos atrair ninguém. Temos que ter competência para conquistar essas pessoas. O corte que temos que ter é de caráter, desvio de conduta não toleramos. Mas os rótulos não nos incomodam. Precisamos conversar com todo mundo. Estão vindo com o compromisso com o PSDB. Teremos pré-candidatos na maioria dos municípios, para criar lideranças locais. Se até as eleições conseguirmos construir candidaturas competitivas, teremos candidatos”, detalhou.
Sobre a militância, Buffon disse que no PSDB não se admite mais uma liderança apoiar candidatos que não sejam da legenda. “Não vamos permitir. Nossa primeira ação será montar uma sede, na região de Laranjeiras. Teremos a preocupação de preservar nomes que já estão no partido e vamos cobrar resultados. Não existe nenhuma orientação ou ingerência sobre o funcionamento do partido por parte das lideranças estaduais”, contou.