Renato Ribeiro
Dois milhões e meio por ano. É o valor gasto pela Prefeitura da Serra com as 720 toneladas de lixo hospitalar gerados anualmente – 60 por mês – em hospitais e clínicas públicas, clínicas particulares e farmácias da cidade. Com alto risco de contaminação biológica, essa montanha de resíduos é levada para o aterro da Marca Ambiental, localizado às margens da rodovia do Contorno em Cariacica, na área da bacia do rio Santa Maria.
Através de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura informou que a coleta dos resíduos de serviços de Saúde – RSS, infectantes, perfuro cortantes e comuns, é realizada por meio da empresa concessionária Engeurb, que também é responsável pela coleta do lixo doméstico.
Ainda segundo a assessoria, a cada tonelada de lixo hospitalar recolhido, a prefeitura tem um custo de R$ 3.456,68 desde a coleta até o aterro. Esse custo é quase 15 vezes maior que o do lixo doméstico, cuja coleta e destinação final custam R$ 233,87 a tonelada.
Mesmo com o custo alto, é o município quem banca, sozinho, a coleta nas clínicas particulares, farmácias e hospitais públicos, segundo a assessoria de imprensa. Diferente do lixo doméstico, onde o morador paga taxa anual emitida no boleto do IPTU. O município só não recolhe nos hospitais particulares, que são os responsáveis pela coleta e descarte do que geram.
Formado por resíduos infectantes, como tecido humano, sangue, agulhas, restos de curativos entre outros, a coleta e a destinação final do lixo hospitalar tem que obedecer a normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Conselho Nacional do Meio Ambiente. O processo é mais controlado do que o do lixo comum, o que explica o custo mais alto.
Já o cidadão comum que por ventura tenha geração desse tipo de resíduo em sua residência, a prefeitura orienta que o material infectante seja armazenado em recipiente estanque (como latas) e encaminhado para a Unidade de Saúde mais próxima da sua respectiva residência para as devidas providências.