Secretária Municipal de Trabalho Emprego e Renda de 2013 a 2015 e professora universitária por 11 anos, Fernanda Souza tem um novo desafio: ser o nome do PT na disputa pela Prefeitura da Serra – em meio a um processo profundo de polarização nacional que deve descer para as cidades. Perguntada se ela tem temor de represálias durante a campanha, Fernanda responde em tom firme de mulher moderna e empoderada: “nenhum, goste ou não goste o PT estará na rua”.
Fernanda cita ainda a formação de um bloco suprapartidário de centro-esquerda para “combater o fascismo e o bolsonarismo”, e diz que a Serra está entre as prioridades do partido a nível nacional o que deve trazer o ex-presidente Lula para a campanha local. Já no campo das propostas, ela pincela brevemente as frentes de combate no pós-pandemia, como projetos na Saúde e Assistência Social.
O PT é um partido grande e como tal, costuma ter uma rivalidade interna. Sua candidatura é consenso entre a militância e a direção petista?
Pela primeira vez na historia do PT da Serra, colocamos um nome de forma unânime. Em 2019 tínhamos quatro nomes colocados e fomos debatendo juntos com a militância. Chegou em janeiro e afunilamos para a minha pré-candidatura. O que pesou foi pelo fato de ser mulher, na questão da diversidade de gênero; além das experiências na gestão pública como secretária municipal de Trabalho, por exemplo; minha ligação com os movimentos sociais foi importante; e também por ser professora, o que acaba dando inserção na sociedade.
Qual a expectativa para a eleição de vereador?
Nosso planejamento é eleger três representantes na Câmara, não é tarefa fácil, mas montamos uma chapa boa. Estamos com 22 pré-candidatos consolidados, todos tem algum tipo de militância e inserção em movimentos sociais; estão focados e têm um discurso muito sólido. Muitos partidos tiveram dificuldade, pois esse ano não terá coligação, mas para gente foi normal, já que estamos acostumados a lançar chapa puro sangue.
A sociedade está muito dividida e polarizada. Há algum temor de represália durante a campanha?
Nenhum… vamos encontrar gente que gosta e gente que não gosta do PT. Tem que existir respeito às diferenças e todos têm direito de falar suas propostas e ideias, independente da divisão que a esteja.
Ainda não entraremos na fase das coligações, é possível uma fusão na majoritária?
Nenhum conversa nesse sentido. É uma decisão absoluta lançar candidato próprio, inclusive está em acordo com o PT nacional que apoia nossa candidatura. O que existe é um debate em torno de um bloco de centro esquerda para combater a escalada do fascismo e o bolsonarismo, nesse sentido estamos alinhados com outros partidos, mas no campo eleitoral não abrimos mão de ter candidato.
O ex-presidente Lula virá na Serra fazer campanha?
É certo que Lula vem na Serra fazer campanha, pois o PT nacional definiu as prioridades, e a Grande Vitória está listada. Além do Lula, não descartamos outras lideranças como Fernando Haddad, Dilma e Gleisi Hoffman. O Lula conhece a Serra e já sabe da nossa candidatura, sabemos que ele tem gostado muito. A Serra é uma cidade operária que tem um histórico de votar no Lula e na esquerda.
Uma das correntes de pensamento que deve estar fortemente presente na eleição é o bolsonarismo. O PT vê algum candidato nesse sentido? Como avalia?
Entendemos que na Serra ainda não surgiu uma candidatura totalmente bolsonarista, graças a Deus. Nos últimos 20 anos, formamos um bloco de lideranças de centro esquerda e que ainda não foram contaminados com esse movimento direitista. O que único que tem uma linha de direita é o Vandinho (deputado estadual), mas não vejo com discursos extremistas. Por isso nossa proposta é fechar o cerco contra essas ideias bolsonaristas, para não acontecer igual Vitória, por exemplo.
Falando sobre projetos, quais serão os eixos principais do partido para a Serra?
Trabalharemos dois principais eixos já pensando no pós pandemia, são eles a Saúde e a Assistência Social. Na questão da Saúde quero frisar três frentes importantes: 1. Prevenção, por exemplo, com a melhoria do serviço de saneamento básico. 2. Avançar nas especialidades, apesar de ser uma atribuição do Estado, o município não pode se furtar ao assunto. Tem uma demanda reprimida para psiquiatra e cardiologista, por exemplo, e precisamos dar uma solução. 3. A outra questão é a saúde da família, que em outros países é tratado como fundamental. São equipes visitando a população a domicílio fazendo monitoramente e levando saúde até a casa de quem mais precisa.
E na questão da Assistência?
A pandemia aumentou um fenômeno que já vinha ocorrendo, que é o empobrecimento da população. Só para ter uma ideia, a Serra tem 42 mil famílias da qual pelo menos um integrante perdeu o emprego nesse momento de pandemia. Então, precisamos garantir renda mínima para aqueles que estão precisando, temos que integrar os programas sociais do munícipio com os do Governo Federal. Além disso, investir em qualificação profissional e encaminhar para empregos via sistema publico de empregos. Se a prefeitura dá condição de uma empresa se estabelecer na Serra, essa empresa precisa priorizar o trabalhador local, tem que ser uma via de mão dupla. A Arcelor e Vale, por exemplo, vivem trazendo mão de obra externa, sendo que temos gente qualificada por aqui.
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