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Luminária premiada de artista da Serra será leiloada com assinatura de Cafu

A ‘Luminária Histórica’, que conquistou o segundo lugar no prêmio Tribuna, será leiloada com uma assinatura exclusiva do ex-jogador, Cafu. Crédito: Divulgação

A artista e empreendedora da Serra, Renilda Dutra, terá uma de suas premiadas obras de arte leiloada, com o aval de ninguém menos que o ex-capitão da Seleção Brasileira pentacampeã de 2002, Cafu. A ‘Luminária Histórica’, que conquistou o segundo lugar no prêmio Tribuna, será leiloada com uma assinatura exclusiva do ex-jogador. O leilão beneficente destinará o valor arrecadado à Pestalozzi de Santa Teresa.

O leilão ocorrerá em outubro, e a luminária, uma obra tridimensional feita principalmente de vidro reciclado, busca capturar a essência da bandeira italiana, traduzindo suas cores em uma experiência visual única e significativa. A peça apresenta o verde que simboliza os encantadores vales e campos da Itália.

“Em nossa obra, uma escultura de vidro fusing, delicadamente pintada à mão, recria a icônica Casa de Taipa de Lambert. Este espaço é uma homenagem a Antônio Lambert, um habilidoso artesão escultor de madeira e criador de imagens religiosas. Nossa Casa de Taipa italiana é única, com tramas diagonais que formam um design exclusivo. Nas esferas verdes, capturamos a essência dos grãos de café, enquanto o rosa da paleta da bandeira do Espírito Santo homenageia a agricultura, destacando a contribuição dos imigrantes para a região”, revela Renilda, proprietária do atelier ‘Ofício do Vidro’.

A obra foi exposta em um evento em Santa Teresa, que contou com a presença do ex-jogador da Seleção Brasileira, Cafu, e da jornalista e escritora Mariah, além de autoridades locais.

Sobre Renilda e o Ofício do Vidro

Renilda Dutra é uma história de reinvenção e paixão, moldada pelo calor do vidro fundido e pela criatividade sem limites. A empreendedora, moradora da Serra, deixou uma carreira segura na indústria farmacêutica para se dedicar à arte em vidro, fundando o “Ofício do Vidro”. Sua empresa agora cria e distribui peças únicas de vidro, incluindo acessórios e objetos de decoração que embelezam ambientes em todo o Brasil.

Há cerca de 24 anos, Renilda fez uma escolha audaciosa: deixou um emprego estável para explorar o desconhecido mundo do vidro. Comprou um forno, equipamentos e dedicou noites a fio ao estudo autodidata dessa nova arte. Seu primeiro contato com o vidro aconteceu um ano antes, durante uma estadia em Florianópolis, quando se encantou com peças de vidro expostas em uma feira artesanal. “Eu sempre pensei em me aposentar e ser ceramista. Mas me apaixonei pelo vidro antes e agora me dedico a essa arte. Hoje, sou vidreira.”

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Rapidamente, Renilda percebeu que precisava adaptar sua produção para peças menores com maior valor agregado, como acessórios sofisticados e chiques. Mudou-se para o Rio Grande do Norte por alguns anos e, em 2016, voltou para casa, residindo em Barcelona e mantendo ateliês tanto em sua residência quanto em Guarapari, onde lidera um projeto de reaproveitamento de garrafas, transformando-as em copos utilitários e luminárias, em parceria com o Atelier Sustentart, do Sr. Jucelino, que faz a parte do corte dos vidros.

Este ajuste em sua produção não apenas otimizou seus recursos, mas também se alinhou com uma crescente consciência ambiental. Ela estabeleceu parcerias com vidraçarias para reutilizar sobras de vidro, refletindo seu compromisso tanto com a arte quanto com o meio ambiente.

Educação e Empoderamento

Além de ser uma artista, Renilda é uma educadora, ministrando palestras em escolas sobre a importância da reciclagem do vidro. Ela desenvolveu máquinas que transformam garrafas em copos e outros utensílios, demonstrando que o vidro pode ser “reciclado infinitamente”. Seu trabalho vai além da criação artística, buscando impactar a comunidade ao seu redor, especialmente mulheres em vulnerabilidade social, para quem oferece treinamento profissional.

Um dos projetos marcantes de Renilda foi uma exposição de arte sensorial para cegos, realizada durante a pandemia. Ela criou peças que podiam ser “vistas” através do tato, como a representação de paisagens locais em alto relevo em vidro, permitindo que pessoas com deficiência visual pudessem apreciar sua arte.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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