O menino Eduardo Nascimento de Souza, de Mata da Serra, que tem anemia falciforme, fará uma cirurgia na próxima segunda-feira (9), no Hospital Infantil de Vitória, na Reta da Penha. Ele estava internado desde o início de agosto no Hospital da Polícia Militar (HPM) em razão de complicações causadas pela doença, que é congênita e não tem cura.
De acordo com a mãe do menino de três anos, Luciana Nascimento de Souza, ele vai precisar de sangue antes e depois do procedimento cirúrgico. “Ele precisa ter bolsa de sangue reserva, porque no momento da cirurgia pode haver hemorragia”, frisa.
Eduardo precisa de doadores de qualquer um destes três tipos de sangue: A+ (positivo), O+ (positivo) ou A- (negativo). Segundo a mãe, a situação da criança é bastante delicada.
Quem puder doar sangue e ajudar Eduardo nessa luta pela vida, basta ir ao Hemoes de Vitória, que fica na Avenida Marechal Campos, 1468, em Maruípe, bem ao lado do Hospital das Clínicas (Hucam).
A anemia falciforme foi detectada em Eduardo ainda no teste do pezinho. De acordo com a mãe dele, ele é o primeiro na família a apresentar a doença. “Eu tenho o traço e o pai dele também. Por isso, ele nasceu com o problema e apresenta os sintomas”, relata Luciana.
Vale lembrar que, quem possui o ‘traço’, não desenvolve a doença, não apresenta sintomas e pode ter uma vida normal; mas se os pais têm o ‘traço’, a criança pode apresentar a anemia, que não tem cura.
O menino sente falta de ar, por vezes também febre e dores no baço. Aliás, esses são alguns dos sintomas de quem sofre dessa doença, que ainda pode causar crises de dor nos ossos e nas articulações, mas que pode atingir outras partes do corpo; como também infecções, pneumonia, entre outros.
Sobre a anemia falciforme
Segundo informações do Ministério da Saúde, a anemia falciforme é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, deixando-os na forma de foice ou meia-lua. Essas células têm sua membrana alterada e se rompem facilmente, causando a anemia.
A hemoglobina, que transporta o oxigênio e dá a cor aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo. Essa condição é mais comum entre os afrodescendentes, mas, devido à miscigenação, pode ser observada também em pessoas de raça branca ou parda.
Por isso, fazer o teste do pezinho, realizado gratuitamente antes de o bebê receber alta da maternidade, proporciona a detecção precoce de hemoglobinopatias, como a anemia falciforme.
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