Thiago Albuquerque
Na última terça (28), em um monitoramento de rotina no Mestre Álvaro, foi encontrado um macaco da espécie Bugio morto, com aparência semelhante aos macacos mortos por febre amarela no interior do Espírito Santo. O macaco foi encontrado pela equipe da ong Associação Ambientalistas Amigos do Mestre Álvaro dentro da Área de Proteção Ambiental (Apa).
“Desde janeiro estamos fazendo esse monitoramento, passamos por Pitanga, passamos por Serra-sede e na região de Furnas por Jardim Tropical, e encontramos o corpo do macaco. Hoje o animal será recolhido para fazer análise, junto com a Secretaria de Saúde da Serra”, conta Junior Nass, membro da ong.
Por meio de sua assessoria de imprensa a Prefeitura da Serra disse que ontem (1) foi encontrado o nono macaco morto na Serra. O animal estava no Mestre Álvaro, foi recolhido pela Vigilância Ambiental e será encaminhado para análise laboratorial para investigação da causa da morte.
Dos outros oito animais encontrados anteriormente, 3 não tinham o vírus da febre amarela, 3 ainda estão em análise laboratorial e 2 tinham resultado positivo para a doença. Por prevenção, os parques do município continuam fechados. O Parque da Cidade continuará aberto ao público.
Proteção aos macacos
Assim como os seres humanos, os macacos são hospedeiros e vítimas da febre amarela, cujo vírus causador da doença é de origem africana. Nas últimas semanas vários macacos apareceram mortos no estado e os casos estão sob investigação.
Com o temor de que as pessoas acabem atacando os animais, governos e especialistas vem alertando que os macacos não oferecem riscos. Pelo contrário. Eles vivem em áreas de florestas, e a sua presença ali funciona como um filtro contra essas e outras doenças silvestres que poderiam chegar até populações humanas.