Por Conceição Nascimento
Nomeado chefe da Casa Militar no Governo Paulo Hartung (PMDB), José Nivaldo Campos concedeu entrevista ao Jornal Tempo Novo, quando falou sobre a função da pasta comandada por ele e segurança pública.
Qual a função da Casa Militar no Governo do Estado
A Casa tem um papel de segurança institucional voltado para questões políticas e de segurança pública. Ela tem as atribuições de transporte aéreo de pessoas para atendimento de transporte de órgãos. E na visão institucional, os profissionais do governo precisam de motoristas com segurança para trabalhar.
Tem alguma orientação específica do governador?
Trabalhar juntamente com a Secretaria de Ações e Estratégicas com foco na defesa pública, diretamente com atividades policiais ou de gestão prisional.
Qual orçamento da Casa e quantos funcionários?
Em torno de R$ 8 milhões e 40 servidores, incluindo pilotos e mecânicos. O forte desse orçamento é a operação aérea. Exemplo, os helicópteros que apagam incêndios, como em Domingos Martins.
Qual sua visão sobre segurança pública?
É uma preocupação de quatro décadas, citando a violência e a criminalidade. Precisa de um conjunto de ações dos governos do Estado e Federal, além da participação da sociedade. Só ações da polícia não vão funcionar. Mas precisamos compreender que até o bandido tem família.
Moradores da Serra e comerciantes reclamam do baixo número de policiais…
O sexto batalhão é vinculado ao comando da Polícia Militar e do secretário da Segurança Pública. Não tenho como abordar essa questão.
Fechamento de bares à 1h na Serra pode resolver o problema da violência?
Existem experiências em outros estados, cidades que trazem efeitos positivos. Todas as medidas tomadas para combater o crime são bem vindas.
O senhor é a favor da legalização da maconha?
Não. Convivemos com sérios problemas de drogas, existem drogas lícitas que trazem prejuízo particular. Temos o cigarro e o álcool em excesso, que acabam provocando a violência. A liberação da maconha no uso estimula a outros passos até o crack. Não privar de liberdade quem usa já é um avanço.
Qual a sua relação com a Serra?
Minha família mora aqui desde 1978. Eu estava estudando fora depois eu voltei. Moro aqui e vou continuar.
O que acha do crescimento da cidade?
Em 1950, a Serra tinha menos de 10 mil habitantes. Em 1970 já tinha quase o dobro, e dai pra cá explodiu. Antes as pessoas tinham vergonha da Serra, mas hoje é um município bom para morar. Passei para a reserva da polícia em 2003, quando instalei a empresa SEI (Segurança Inteligente), que oferta serviços de vigilância e outros.
Quais funções ocupou na corporação?
Aluno oficial, depois aspirante e cheguei a coronel, sempre na área de inteligência; fui da rádio patrulha; fui do trânsito. Fui promovido a tenente coronel, passei a ser subsecretário de Justiça, fui secretário de Segurança.